Ir às compras nunca mais será igual

PUBLICIDADE

Por Edison Veiga
Atualização:

O engenheiro e industrial Herminio Marsicano era um desses sujeitos visionários, que enxergam o futuro nas obras do presente. Pelo menos é assim que dele se lembra sua neta Maria Tereza Rodrigues, hoje advogada e diretora de Relações Institucionais de uma empresa energética.

PUBLICIDADE

“Minha família morava no Jardim Europa e, quando ele soube que estavam para construir um shopping center ali perto, começou a discursar para todos: aquilo iria mudar o bairro, o comportamento do paulistano, seria um marco”, diz.

Marsicano decidiu investir no empreendimento. Comprou dez cotas e, no dia da inauguração, em 28 de novembro de 1966, convidou Maria Tereza, então com 13 anos, para a festa – que teve show de Chico Buarque, Nara Leão, Eliana Pittman e Chico Anysio, para mais de 5 mil pessoas. “Todas as lojas chiques da (Rua) Augusta se mudaram para o shopping.”

O avô de Maria Tereza morreria dois anos depois. Não veria São Paulo se transformar na terra dos shoppings – hoje são mais de 50 espalhados pela cidade. As cotas da família foram vendidas em seguida. “Mas o Iguatemi segue sendo o ‘nosso shopping’”, diz ela.

Antes dele, a cidade experimentou o conceito multifuncional do Conjunto Nacional, aberto na Avenida Paulista em 1956. O arquiteto David Libeskind (1928-2014) projetou o prédio de modo que o térreo fosse interligado com o espaço público externo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.