SÃO PAULO - A Igreja Renascer divulgou nota no fim da manhã desta segunda-feira, 16, esclarecendo o pedido de condenação feito pelo Ministério Público Federal (MPF), na semana passada, contra um bispo da Igreja Renascer e de sua Fundação por improbidade administrativa.
As alegações da ação civil do MPF contra a Fundação Renascer e o seu ex-representante legal, o deputado estadual José Antônio Bruno, se referem a atos de improbidade administrativa cometidos na execução de dois convênios celebrados com o FNDE, que envolveu o desvio e a má utilização de quase R$ 2 milhões de verba pública federal.
A Igreja explica, por meio da nota, que "não vemos sentido em que seja levantada qualquer dúvida sobre o trabalho realizado, por conta de denúncias desleais, acusações sem provas e a esmo, feitas por pessoas sob suspeição absoluta, escondidas sob o manto do anonimato e com claros interesses próprios em prejudicar a Igreja".
Segundo a Renascer, o programa e as cartilhas foram baseadas em assuntos da Bíblia, voltadas ao interesse dos fiéis e trouxeram resultados que superaram outras técnicas. Foram alfabetizadas mais de 15 mil pessoas; mais de mil pessoas foram capacitadas como alfabetizadores, nos anos de 2003 e 2004, enquanto a Fundação recebeu verbas do projeto Brasil Alfabetizado.
A nota ressalta também que o próprio Ministério da Educação (MEC), como de praxe, à época, realizou minuciosa e rígida auditoria, na qual a Fundação teve todos os itens aprovados.
Com relação à Controladoria Geral da União (CGU) "confiamos que a instituição saberá considerar todas as informações já prestadas pela Fundação, quando foram feitas averiguações sérias que nos levaram a ter as contas absolutamente aprovadas. O que nos parece haver neste momento diz respeito apenas a entendimentos errôneos do FNDE com relação a valores", segundo a nota.
De acordo com a nota, "o assunto ainda está sendo julgado nas instâncias judiciais competentes e a Igreja espera encontrar maior isenção e, inclusive, o reconhecimento do amplo serviço social por ela prestado".