Homicídios e roubos caem no Estado; estupros aumentam

Estatísticas de criminalidade foram divulgadas nesta sexta pela Secretaria da Segurança. Aumento na violência sexual se deve a campanhas que incentivam a denúncia, diz titular da pasta

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Por Marco Antônio Carvalho
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Indicadores de homicídio, latrocínio, roubo e roubo de veículo apresentaram redução em janeiro deste ano no Estado de São Paulo em comparação com o mesmo mês do ano passado. Na contramão dessa diminuição, os casos de estupro apresentaram alta de 15,53%, chegando a 1.304 registros nos primeiros 31 dias de 2018. A Secretaria da Segurança Pública comemorou a redução da maioria dos índices, e ponderou que a alta nos crimes de violência sexual se deve a um maior incentivo a realização de denúncias.

Dados foram divulgados nesta sexta pelo secretário Mágino Foto: HELVIO ROMERO/ESTADÃO -19-5-2016

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As estatísticas mensais foram divulgadas nesta sexta-feira, 23, na sede da secretaria, no centro de São Paulo. Os casos de homicídio doloso no Estado diminuíram 6,76%, passando de 281 para 262 mortes. É a menor quantidade de assassinatos em um mês de janeiro desde 2001, e a quarta queda seguida no indicador. Em janeiro de 2001, por exemplo, aconteceram 1.109 homicídios, número que vem caindo desde então. 

Os roubos em geral caíram 12,47%, de 26.438 para 23.141 registros. Os roubos contra cargas também diminuíram em 12,2%, de 844 para 741 assaltos dessa natureza. E com 4.530 casos em janeiro, os roubos de veículo tiveram queda de 23,18%, sendo o menor número desde 2008. O roubo seguido de morte, o latrocínio, passou de 39 casos para 23.

A quantidade de estupros registrados apresentou alta em todas as regiões do Estado. No total, chegaram a 1.304 crimes. Na capital, a alta foi de 13,7% no mês; na Grande São Paulo, crescimento de 43%; e no interior, alta de 8,26%. “Venho falando que isso se deve a campanhas de incentivo para o registro desse tipo de crime”, disse o secretário da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho. “Queria reforçar que cerca em cerca de 80% dos casos as pessoas (vítima e criminoso) se conhecem, o que torna difícil a prevenção. Já os crimes que fogem dessa regra, pedimos que a denúncia continua acontecendo. É um agressão que causa repulsa em toda a sociedade.” 

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