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Homicídios e latrocínios crescem no Estado de São Paulo

Foram 296 casos de homicídio em fevereiro contra 287 no mesmo período do ano passado; número de estupros também subiu

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:
Latrocínios subiram de 24, em fevereiro de 2016, para 34, em 2017 Foto: Sérgio Castro/Estadão

SÃO PAULO - Os números de homicídios e latrocínios cresceram no Estado de São Paulo no mês de fevereiro de 2017 em relação ao mesmo período no ano passado. Foram 296 casos de homicídio no mês passado, ante 287 em fevereiro de 2016, uma alta de 3,14%. Foi a primeira alta desde outubro. Já os latrocínios subiram pela segunda vez no ano, de 24 para 34, avanço de 41,67%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 24, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

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Ao todo, os homicídios resultaram em 20 vítimas a mais (6,85%) durante o período. Já a quantidade de vítimas de latrocínio cresceu de 24 para 35 (45,83%) no Estado. Neste ano, fevereiro teve um dia a menos que em 2016.

A alta nos homicídios foi puxada pelos municípios da Grande São Paulo. Enquanto em fevereiro de 2016 houve 49 casos, no mês passado foram 71 registros - um aumento de 44,9%. Já o número de vítimas cresceu 55,1% - de 49 para 76. Na capital e no interior houve queda dos índices.

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“Infelizmente, os números em relação ao homicídio não são bons. Não estamos apresentando um dado que a gente vem seguidamente apresentando, que nos leva a ter a melhor taxa de homicídio do País. Para minha grande insatisfação e tristeza, neste mês os números não nos favorecem”, avaliou o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves. Ele destacou que vem acompanhando os dados do mês de março - que serão divulgados no próximo mês. Segundo ele, fevereiro teve comportamento atípico e a tendência em março é de queda, como nos meses anteriores.

O secretário diz ainda que a pasta não identificou as causas do aumento nessas estatísticas. “Às vezes você tem situações ligadas a relações pessoais. Não há trabalho policial que seja suficiente para combater este tipo de crime. É algo que vamos ter de depurar para poder falar com certeza.” 

Alves lembrou o episódio da chacina em Campinas, quando 12 pessoas foram mortas em dezembro do ano passado. “Qual é a chance de previsibilidade da polícia em relação a um evento daquele?”, ponderou.

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Outros crimes. A secretaria também divulgou um pequeno aumento no número de estupros no Estado - de 783 boletins de ocorrência para 794 (1,40% a mais), mas a estatística é considerada uma das mais subnotificadas. A pasta informou ainda aumento nos furtos (de 42.158 para 43.065), nos roubos de carga (de 844 para 865) e uma oscilação nos roubos a banco, de 10 para 11 casos. 

A SSP destacou queda nas estatísticas de roubo geral no período, que recuaram 1,5%, de 25.643 casos para 25.229. O roubo de veículos também caiu, de 6.098 para 5.728 (6,07%). É o dado mais baixo para a série histórica desde 2010, de acordo com o governo do Estado.

Capital. Na cidade de São Paulo, o número de latrocínios subiu em fevereiro em relação ao mesmo período no ano passado, mas a quantidade de homicídios, diferentemente dos dados no Estado, caiu.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os casos de latrocínio subiram de 5 para 11 ocorrências em fevereiro. Já o número de homicídios dolosos caiu 18,6% em relação ao ano passado, passando de 86 para 70, 16 casos a menos. 

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É o menor número para a série histórica no mês, de acordo com a pasta. Com isso, o número de vítimas de homicídio também recuou 11,44% no período, de 90 para 77. A taxa de homicídios é a menor dos últimos 12 meses - 7,05 para cada 100 mil habitantes. 

Outros crimes. O número de estupros na capital paulista aumentou 20,65% em fevereiro deste ano, passando de 155 ocorrências em fevereiro de 2016 para 187. Os furtos também registraram aumento de 18,74%, de 15.504 para 18.410. Outro aumento aconteceu nos casos de roubo a banco, de 4 para 6. 

A Secretaria de Segurança Pública destacou ainda redução do número de roubos de veículos - de 2.911 para 2.752 (queda de 5,46%) e de furto de veículos, que foi de 3.643 para 3.324. A pasta destacou que os dados são os menores desde o ano de 2010.

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