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GRÁVIDAS ADEREM À DANÇA DO VENTRE

Gestantes estão usando a prática para manter a forma e preparar o corpo para o parto

Por Paula Felix
Atualização:

Há um mês, os movimentos ritmados da dança do ventre fazem parte dos cuidados com a gestação da enfermeira obstetra Thaís Rodrigues Bernardo, de 29 anos. Grávida de três meses e meio, ela se uniu às gestantes que, cada vez mais, estão aderindo à dança como alternativa para manter a forma e preparar o corpo para o parto. "Eu sinto muito bem-estar durante a aula, a gente acaba se movimentando bastante e alongando o corpo."

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A bailarina Pâmella Souza, de 30 anos, dá aulas de dança do ventre para gestantes há um ano e diz que o parto é o foco das aulas, oferecidas no espaço Commadre, no Tatuapé, na zona leste da capital. "A dança do ventre trabalha movimentos circulares de quadril que são externados naturalmente durante o parto. As aulas preparam para que elas façam isso de forma consciente." Segundo Pâmella, a modalidade ajuda a melhorar a postura e a aumentar a flexibilidade.

Também com aulas de dança do ventre, o Grupo Mater é voltado para grávidas e mães com bebês, que dançam com os filhos nos braços. "Cada vez mais, estudos científicos comprovam os benefícios da atividade física na gestação e pós-parto, principalmente a dança mãe-bebê que fortalece, além da musculatura, o vínculo entre mãe e filho", diz a bailarina Juliana Leme, de 35 anos, uma das fundadoras do grupo, que também se apresenta em eventos. "Geralmente, elas (as mães) e os bebês adoram."

A psicóloga Michele Machado, de 30 anos, é uma das alunas. Há três meses, ela faz dança do ventre com o filho João Pedro, de 10 meses. "É muito gratificante, posso ter um contato maior com ele e fazer uma atividade física."

Bolas, tecidos coloridos, músicas tranquilas e movimentos delicados fazem parte da proposta do projeto Dança Materna, que tem como público gestantes e mães com bebês. "Não é uma aula de ritmos, é uma dança adaptada para ser benéfica para o bebê. Depois do parto, o trabalho tem a dimensão de dar inserção social para as mães", explica a idealizadora do projeto, a bailarina Tatiana Tardioli, de 37 anos.

CEUs.

A partir de quarta-feira, seis Centros Educacionais Unificados (CEUs) vão receber a atividade, que será gratuita. Segundo Gizele Monteiro, educadora física especializada em gestantes, recomenda-se a prática de dança, mas sempre é necessário tomar cuidado. "A mulher deve ter liberação do médico, principalmente se era sedentária", afirma.

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Coordenador do conselho editorial da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), Leopoldo de Oliveira Tso recomenda o uso de roupas e calçados adequados para a prática de qualquer exercício. "A atividade física diminui o estresse e a retenção de líquidos e ajuda no fortalecimento muscular, que é importante no parto", afirma.

O educador físico e doutorando em obstetrícia da Unifesp Antonio Roberto Doro recomenda a prática de exercícios um mês após o parto normal. Em caso de cesária, a liberação deve ser dada pelo médico.

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