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Gaviões da Fiel mostra história de migrantes que formaram São Paulo

Rainha de bateria, Sabrina Sato foi um dos destaques da escola de samba

Por Juliana Diógenes e Mateus Fagundes
Atualização:
A Gaviões da Fiel foi a quinta escola a desfilar na madrugada de sábado, 25. Foto: Nelson Almeida/AFP

SÃO PAULO - Com homenagem aos migrantes de São Paulo, o desfile da Gaviões da Fiel chamou atenção por sua rainha de bateria, a artista Sabrina Sato, e pela ausência da cor verde, que remete ao rival Palmeiras.

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Vestida de cangaceira, Sabrina atrasou alguns minutos para a concentração e chegou correndo para se posicionar. O primeiro carro alegórico apresentou bonecos gigantes com uma família de retirantes. 

Participaram do desfile crianças e cadeirantes. A bateria se vestiu de cangaceiro e trouxe imagens de xilogravura nos pandeiros e na percussão.

Destacaram-se fantasias com palavras em placas: esperança, sonhos, oporunidades, emprego. No samba-enredo, a letra falou em "garra de gavião", "mãos calejadas" e "dura realidade" para se referir aos migrantes.

Foram distribuídas bandeiras da Gaviões da Fiel e muitos espectadores gritavam "Vai, Corinthians!" para incentivar a escola. 

Formação. O enredo tem como título "Com as mãos e a garra de um povo sonhador, surge o contraste de uma nova metrópole - Sampa, lugar de sonhos, oportunidades e esperança".

O tema foi desenvolvido pelo carnavalesco Zilkson Reis, que completou seu quarto ano consecutivo na escola. Ele registra ainda outra passagem pela Gaviões, entre 2009 e 2011.

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As alas e carros alegóricos fizeram alusão à cidade de São Paulo. Com cinco setores, a escola foi dos sonhos dos migrantes, passou pela chegada, mostrou o trabalho dessas pessoas, as conquistas e, por fim, a criação de novas tradições.

A escola foi a sétima colocada no carnaval de 2016.

Gabinete. Corintiano, o secretário municipal dos Transportes e Mobilidade, Sérgio Avelleda, desfilou pela Gaviões. Ele evitou falar da gestão e não quis conversar com a imprensa.

Antes de sair do camarote da Prefeitura de São Paulo para a concentração, ele gritou: "Vai Corinthians!".

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