Garotada veste a fantasia e cai na folia de rua em São Paulo

Blocos para filhos e pais são opção de diversão em família no carnaval; cuidados especiais são necessários para garantir a alegria

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Por Paula Felix
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SÃO PAULO - Os gêmeos Artur e Helena, de 4 anos, vão cair na folia neste ano. Fantasiados, eles vão acompanhar pela primeira vez um bloco de carnaval e já estão animados com a proximidade da nova experiência. “Estão adorando, falam que vão fazer parte de um bloquinho de carnaval e sabem cantar musiquinhas”, conta a mãe, a administradora Marlene Martins, de 40 anos. Com opções para bebês e crianças nos blocos de rua de São Paulo, pais estão se organizando para apresentar a folia aos pequenos e festejar em família.

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Marlene diz que pensou em levar os filhos para um bloco no ano passado, mas abandonou a ideia. “Agora, quando soube que ia ter um direcionado para crianças, eu me interessei.” Os preparativos para a festa incluem o planejamento da fantasia. Na rua, Artur deverá ser um pirata e Helena, uma criativa heroína, a Supermulher, uma versão feminina do Super-homem.

Eles estarão entre os foliões mirins do bloco Mamãe Eu Quero, que vai estrear no bairro do Sumaré, na zona oeste. Uma das idealizadoras do projeto, a fisioterapeuta Helen Henrique, de 38 anos, afirma que se inspirou no carnaval do Rio, onde já pulou com o filho de 5 anos. “Meu filho é meu parceiro de carnaval. Pensei em fazer um esquema aqui, conversei com amigas e o pessoal vestiu a camisa.”

O desfile será no dia 7 de fevereiro, a partir das 9 horas, saindo da Rua Pedro da Costa. Músicas do Balão Mágico e do grupo Palavra Cantada vão fazer parte do repertório. “A gente tem de ensinar a criança a ser feliz, não só a ser educada.”

Bebês. Em sua terceira edição, o Bloco Bebê vai ter apresentações durante os quatro dias de folia no Sesc Santo Amaro, na zona sul, e nas unidades de Osasco e Sorocaba (ver programação em www.sescsp.org.br). “O bloco mostra que, oferecendo alternativas de lazer, as famílias vão com muita vontade”, diz a diretora do bloco, a bailarina Tatiana Tardioli, de 38 anos.

Ela conta que 30 saias do bloco serão emprestadas para as mães, que podem levar seus bebês fantasiados. Para não incomodar os ouvidos sensíveis, haverá um cuidado especial. “O repertório é extremamente alegre, mas com timbres mais suaves e delicados.” Mãe de duas crianças, a bailarina dá dicas para os pais dos pequenos foliões: “Para quem tem bebê pequeno, amamentar ajuda a saciar a sede. Levar água, frutinha, deixar o carrinho em casa, e colocar roupas leves e fantasias confortáveis.”

Já no dia 31 a Banda do Bloquinho vai fazer seu segundo desfile e espera reunir um público de 3,5 mil pessoas na Vila Madalena, na zona oeste, a partir das 10 horas na Praça Horácio Sabino. “É bom não ter uma divisão entre crianças e adultos, proporcionar diversão para pai e filhos e estimular um entretenimento para a família”, afirma Mariana Bussab, de 42 anos, integrante da Oficina de Alegria, rede de empreendedores que promove ações culturais. 

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O tema deste ano será o carnaval de Olinda e o repertório terá, além de marchinhas, frevo e maracatu. “Queremos espalhar alegria.” A filha de Mariana aprova a ideia. “O que eu mais gosto é de poder me fantasiar. Gosto também de brincar, sair correndo e jogar confete”, conta Julia Bussab, de 11 anos.

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