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Frente de Luta por Moradia tem apoio do PT e quer subsídio de contas

Movimento defende ocupação de prédios subutilizados no centro e alega infraestrutura que não existe na periferia

Por Rafael Italiani
Atualização:

SÃO PAULO - Sem líderes internos e com apoio de petistas ligados aos direitos humanos, o coletivo Frente de Luta por Moradia (FLM) é uma das principais organizações de ocupação da região central de São Paulo. Formado em meados de 2003, o grupo ocupa pelo menos 13 locais na cidade, entre prédios e terrenos nas periferias das capital. No PT, a entidade tem ligações com o deputado estadual Adriano Diogo, com quem mantém o diálogo por meio da Central de Movimentos Populares (CMP) e do deputado federal Renato Simões, ex-secretário nacional de Movimentos Populares da legenda e atualmente membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. "Esses imóveis (ocupados) não cumprem função social. Parte deles é objeto de grande disputas judiciais, tem dívidas com o poder público ou foi fechado porque não traz vantagens econômicas para o proprietário", explicou Simões. "Quando se condena os pobres a morar a 30 quilômetros do centro, estimula-se o caos urbano", disse o deputado.

Representantes da FLM estiveram presentes nos protestos desta terça Foto: Nelson Almeira/AFP

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Para os integrantes do coletivo, aderir à FLM é uma opção por falta de moradia e ao mesmo tempo acesso à infraestrutura. "É um coletivo que causa impacto muito grande na vida das famílias sem moradia", explicou Silmara Congo, uma das representantes da FLM. O grupo defende que o poder público destine "o máximo" de recursos possíveis para programas habitacionais para famílias com rendas de até 3 salários mínimos. A FLM também luta para que os impostos, as taxas e as contas de luz, água e telefone sejam subsidiados para "assegurar o acesso das famílias a esses bens". 

O grupo promove ocupações em prédios públicos e privados subutilizados pelos proprietários em regiões movimentadas e com infraestrutura como o centro de São Paulo. "As famílias moram no centro, trabalham, estudam e têm vida nesta região que tem equipamentos que áreas isoladas não têm."

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