Fotógrafo atingido por bala de borracha corre o risco de perder a visão

Sérgio Silva trabalha na agência Futura Press e estava participando da cobertura jornalística do protesto contra aumento de tarifas do transporte público nessa quinta-feira, 13

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Por Barbara Ferreira Santos
Atualização:

Um fotógrafo foi atingido no olho por uma bala de borracha durante a manifestação contra o aumento de tarifa do transporte público nessa quinta-feira, 13, no centro de São Paulo. Sérgio Silva trabalha na agência de fotografia Futura Press e estava participando da cobertura jornalística do protesto quando foi atingido. Segundo o colega de trabalho Edno Luan, também da Futura Press, familiares disseram que ele corre o risco de perder a visão.

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Inicialmente, Silva foi internado no Hospital Nove de Julho e ainda na madrugada desta sexta-feira, 14, ele foi transferido para o Hospital de Olhos Paulista. Segundo boletim médico, o fotógrafo sofreu trauma ocular no olho esquerdo, apresenta lesões oculares e fratura de órbita. "Será reavaliado e no momento não é possível afirmar o prognóstico visual", informou, em nota, Mauro Campos, diretor clínico do Hospital de Olhos Paulista.

Durante o protesto nessa quinta-feira, policias da Rota, fora do foco de confronto, dispararam aleatoriamente balas de borracha contra pessoas que estavam na rua. A reportagem do Estado, que se identificou antes da ação, também foi alvo dos PMs.

A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, levou um tiro de bala de borracha no olho e o fotógrafo da Folha de S. Paulo Fábio Braga foi alvo de três disparos. “A Polícia mirou em cima de mim.” O jornalista Piero Locatelli, da revista Carta Capital, foi detido por portar uma garrafa de vinagre. Levado ao 78º DP (Jardins), foi liberado à noite.

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, determinou a apuração dos episódios com profissionais da imprensa.

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