Famílias de sem-teto invadem quatro imóveis em SP

Eles reivindicam a construção de casas populares por parte dos governos municipal e estadual

PUBLICIDADE

Por Ricardo Valota , e Andressa Zanandrea e do Jornal da Tarde
Atualização:

Famílias de sem-teto invadiram no final da noite de terça-feira, 22, quatro imóveis na capital paulista, sendo dois na zona leste, um no centro e outro na zona oeste da capital paulista.   Lideradas pelo Movimento Nacional Prol Moradia Popular (MNMP), 200 pessoas ocupam quatro prédios semi-acabados, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na esquina da Rua Pires de Campos com a Rua da Mooca, na Mooca, zona leste.   Os invasores alegam que os prédios, com 238 apartamentos, deveriam ter sido entregues em novembro de 2006, mas a empreiteira faliu e a Secretaria Estadual de Habitação não deu prosseguimento. Outro terreno, na esquina da Rua Alvaro Ramos com a Rua Toledo Barbosa, ao lado da linha férrea do Metrô, no Belenzinho, foi invadido por mais 200 pessoas. No local, segundo os invasores, a Prefeitura teria prometido construir prédios da Cohab, mas as obras sequer tiveram início.   Outras 150 pessoas ocupam desde o final da noite de terça prédios, ainda na fase de construção de lajes, na altura do nº 277 da Rua Tabatinguera, região da Sé, centro da cidade. As famílias de sem teto afirmam que a obra está parada há 4 anos, pois a empreiteira contratada pela Prefeitura de SP também faliu e que a construção não foi retomada até agora.     Um terreno localizado na marginal Tietê, próximo da Ponte Júlio de Mesquita Neto, no sentido Lapa-Penha, região da Barra Funda, zona oeste da cidade, também foi alvo dos invasores. Eles afirmam que a área pertencia à Secretaria de Patrimônio da União(SPU) e que foi cedida à Prefeitura. O governo municipal teria prometido dar início a um esquema de mutirão para a construção de casas populares, mas até o momento nada saiu do papel.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.