''Eu não faço carnaval para ter resultado, quero divertir o público''

Paulo Barros, CARNAVALESCO DA UNIDOS DA TIJUCA, CAMPEÃ DE 2010

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Por Roberta Pennafort
Atualização:

A disputa deste ano está mais fácil, com a Grande Rio, que era uma das candidatas ao título e perdeu tudo no incêndio de três semanas atrás, fora do páreo? Um pouco do meu tesão foi embora. Dizem: é menos uma concorrente. Não é, é menos uma alegria que a gente vai ter. Você desenvolveu para este carnaval mais um tema inusitado, "Esta Noite Levarei Sua Alma". De onde tirou a ideia? Queria falar de cinema. E me perguntaram no desfile das campeãs do ano passado se eu não tinha medo de arriscar tanto. A palavra "medo" ficou rondando as minhas ideias e decidi unir os dois conceitos. O maior medo é o da morte, então a gente convidou a figura para um longa-metragem na avenida. Já te criticaram por conta do excesso de marcações em alas e carros. Como responde? Falam de tudo, mas esquecem que quem militarizou o carnaval não fui eu. Quem faz aquela maldita fila de mão dada na concentração (nas alas), que parece um bando de boizinho entrando na avenida, não fui eu. Hoje a gente, no ensaio, pede pelo amor de Deus para o componente largar a mão para sair da fila, e ele não sai. É verdade que você barrou celebridades na escola? Enredo é enredo, eu preciso de um personagem que seja representativo. Eu vou encher minha escola de artista para quê? Ano passado você completou 16 anos de carnaval. Qual sua análise? As pessoas me perguntam: o que mudou com o título? Para mim não mudou absolutamente nada, não me contaminou. Eu não faço carnaval por conta de resultado, quero divertir o público. A gente comemorou e a vida seguiu normal. Seu salário não aumentou? Dizem que é dos maiores, ao lado do Renato Lage (do Salgueiro)... Não sei quanto ele ganha. Se você descobrir, eu posso fazer uma barganha aqui com o meu presidente...

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