SÃO PAULO - Dezenas de estudantes protestam nesta quinta-feira, 3, contra as mudanças no passe livre estudantil em São Paulo. O ato começou por volta das 16 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital, e seguiu pela Avenida Brigadeiro Faria Lima em direção à Marginal Pinheiros. O destino final seria a casa do prefeito João Doria (PSDB).
Os estudantes levavam faixas com mensagens de que “transporte não é mercadoria” e cantavam “se o passe livre ele cortar, a cidade vai parar”.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação interditou o sentido Itaim da Avenida Brigadeiro Faria Lima e depois a Marginal Pinheiros, sentido Interlagos.
Os manifestantes tentavam ir até a frente da casa de Doria, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que acompanhava o protesto. A PM informou que a manifestação acabou por volta das 21h30.
A manifestação foi organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE).
No dia 12 de julho, estudantes já tinham percorrido as ruas do centro e se encontraram na frente da Prefeitura de São Paulo para protestar contra as mudanças.
Mudança. As novas regras do passe livre passaram a valer na última terça-feira, 1º de agosto. Os alunos agora têm direito a duas cotas, cada uma com validade de duas horas e direito de embarque em até quatro ônibus.
As cotas de viagens variam de 10 a 48 por mês conforme a presença exigida pelo curso de cada estudante. A alteração foi realizada, segundo a Prefeitura, porque alguns estudantes usavam o passe livre para outros fins.
A São Paulo Transporte (SPTrans) estima que há cerca de três milhões de bilhetes estudantis em uso na cidade. O objetivo da medida é economizar cerca de R$ 70 milhões com as alterações, segundo o órgão.