Estado de São Paulo registra um vazamento de gás com fogo por dia

PUBLICIDADE

Por CIDA ALVES
Atualização:

Todos os dias, bombeiros atendem pelo menos uma ocorrência de fogo causado por vazamento de gás. E o problema já é a terceira principal causa de incêndios no Estado. "Escapes de gás só perdem para instalações elétricas inadequadas e a falta de cuidado das pessoas na hora de cozinhar", explicou o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo.Os botijões representam um risco ainda maior, segundo a corporação. O número de vazamentos de gás engarrafado identificados pelo Corpo de Bombeiros no ano passado foi 92% maior do que o de vazamentos em tubulações. Neste ano, bombeiros atenderam, em média, cinco ocorrências por dia de escapes de Gás Liquefeito de Petróleo, mais conhecido como GLP. Por ano, são cerca de 3.100. Geralmente, os principais problemas estão na instalação incorreta do botijão e falta de manutenção de mangueiras e outros itens de segurança.No caso dos estabelecimentos comerciais, o uso dos botijões está proibido por lei. Restaurantes e lanchonetes, por exemplo, devem ter uma central de GLP, que deve ser instalada por engenheiro qualificado. Os recipientes de 13 quilos são de uso exclusivo em residências. Edifícios que estão em áreas onde há rede da Companhia de Gás (Comgás) devem adaptar-se ao sistema de fornecimento por tubulação."Quando fazemos as vistorias, geralmente está tudo certinho. Mas, quando damos as costas e os locais já têm o alvará em mãos, muitos proprietários modificam o sistema de gás, burlando a legislação, e não dão a manutenção devida", explica o major do Corpo de Bombeiros Maurício Moraes de Souza.Clandestino. Outro grave problema, segundo ele, é o comércio clandestino de revenda de botijões. Nesse mercado, são revendidos recipientes sem a devida inspeção pelas empresas que fazem envasamento do gás ou apresentam defeitos na válvula, por exemplo. "Isso faz com que haja vazamento de gás. Esse mercado negro abastece principalmente casas da periferia."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.