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Especialista dá dicas para se proteger de invasões e analisa caso do Morumbi

Segundo Jorge Lordello, falta de muro ou outra barreira física facilitou que imóvel fosse tomado por 10 homens

Foto do author Priscila Mengue
Por Priscila Mengue
Atualização:

SÃO PAULO - "Uma casa antiga que permanece com características antigas", descreve o especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello sobre o imóvel invadido no domingo, 3, no Morumbi, na zona sul de São Paulo. Segundo ele, a residência assaltada se diferenciava das demais da região principalmente por não ter nenhum tipo de barreira física em relação à rua, como muros e grades. "Você entra na casa pela porta de entrada. Não há nenhum obstáculo para colocar dificuldade", aponta.

Outro aspecto do local que o especialista considera ultrapassado é a manutenção de um cofre. "Foi moda na década de 70. Isso não se usa mais. Muito pelo contrário: é um chamariz, mesmo que não tenha nada dentro. Pessoas que têm objeto de valor, como documentos e joias, hoje buscam cofres bancários", comenta.

Disparos atravessaram o portão de vizinha da casa invadida no Morumbi no domingo, 3 Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Como exemplo, Lordello compara a casa invadida à do vizinho, que foi atingida por ao menos oito disparos no mesmo dia. De acordo com ele, se não fossem as medidas de segurança tomadas pelo proprietário, como a colocação de muro alto, guarita blindada e porta reforçada, o local e seus moradores poderiam ter sofrido danos muito maiores. "Tem marca de tiro na parede, no portão, mas nenhum entrou na casa. O morador remodelou a casa para os tempo atuais", afirma. 

Além do investimento em equipamentos físicos e eletrônicos, o especialistas chama a atenção para outros três aspectos importantes para inibir ações do tipo: atenção, rapidez e vigilância ao entrar e sair de casa. De acordo com Lordello, grande parte dos assaltos ocorre porque a vítima é pega de surpresa ao não perceber a aproximação do criminoso. "Sempre digo que não há trabalho mais importante e lazer mais urgente que não possa ser feito em segurança", diz.

Ele indica, portanto, que a pessoa deve estar "focalizada em segurança" ao chegar ou sair de casa. Por isso, utilizar celular ou falar com outros nesse momento não é recomendado - ainda mais porque o procedimento precisa ser o mais rápido possível. 

Lordello ainda aponta a importância de analisar a situação da rua antes de se aproximar da entrada, seja por análise da própria, seja solicitando apoio de outros moradores ou empresas de vigilância. Dentro desse aspecto, portanto, estacionar o carro de ré é uma estratégia essencial. "Você tem a visão do que ocorre de frente e, se notar algo perigoso, pode arrancar com facilidade. Quem estaciona de frente perde a visão da parte de trás, que fica restrita ao retrovisor", diz.

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