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Escolas de samba de São Paulo encerram desfiles no Anhembi

Mocidade Alegre, com enredo sobre fé, e Gaviões da Fiel, que homenageou Ronaldo, empolgaram a torcida

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Por Redação
Atualização:

A chuva, que atrapalhou as sete primeiras escolas na madrugada de sábado, voltou no fim da tarde, mas não atrapalhou a noite do segundo dia de desfiles do carnaval paulistano. A felicidade deu o tom nas apresentações tanto de Pérola Negra quanto da Gaviões da Fiel.

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No samba-enredo "Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra, a suprema felicidade!" se destacou o sentimento em uma viagem por diversos povos, crenças e regiões, finalizando com a celebração dos 40 anos da escola. A arquibancada estava tomada por bandeiras plásticas corintianas, que já indicavam a paixão pela águia abre-alas da Gaviões, mas houve quem sambasse junto e estimulasse a rival.

Segundo o presidente da Pérola, Edilson Casal, o desfile foi “uma superação”. Desde o começo da tarde, ele ficou na concentração, ajustando carros e fantasias. A partir do recuo, a escola teve de acelerar o passo para chegar a tempo – e só não estourou o tempo por um minuto. No entanto, houve problemas na evolução do segundo carro alegórico e quando o traje da porta-bandeira se desfez em alguns pontos, o que deve prejudicar a nota nesse quesito.

A Pérola ainda nem havia saído da avenida quando a bateria da Fiel chegou à concentração. Dela, espontaneamente, surgiu um coro. “Vamos, vamos, Corinthians, nesta noite, teremos de ganhar.” O samba-enredo falava de outro vencedor que vestiu a camisa do Corinthians, o atacante Ronaldo.

A Mocidade Alegre foi a terceira escola a desfilar no Anhembi no início deste domingo, 2, e entrou forte na avenida, com carros imponentes, fantasias luxuosas e passistas muito empolgados. A arquibancada respondeu no mesmo tom.

Romance, paixão e amor foram temas abordados no desfile da Nenê de Vila Matilde. Durante todo o desfile, a escola soltou papéis coloridos para o alto e empolgou a plateia. As "paixões" que a Nenê de Vila Matilde trouxe para a avenida conseguiram manter o público animado. A escola, tradicional agremiação da zona leste, supreendeu com suas alegorias bem trabalhadas e com o enredo de canto fácil.

A Águia de Ouro trouxe o enredo "A velha Bahia apresenta o centenário do poeta cancioneiro Dorival Caymmi". Com 3 mil integrantes, escola empolgou o público. Um integrante da comissão de frente passou mal. O corpo de bombeiros fez o atendimento e o levou a um hospital. A escola terminou o desfile cumprindo o tempo previsto no regulamento.

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Conhecida por preferir gente da comunidade para integrar a comissão de frente e boa parte dos destaques, a Império de Casa Verde tentou fazer bonito ao trazer um tema difícil para a avenida: sustentabilidade. A plateia teve dificuldade para entender as fantasias e alegorias da agremiação da zona norte, o que fez o entusiasmo da torcida ser menor.

A Acadêmicos do Tatuapé encerrou na manhã deste domingo, 2, o desfile das escolas de samba de São Paulo. A agremiação trouxe, ao amanhecer, o samba-enredo sobre São Jorge. O público, já cansado, se empolgou menos, mas os integrantes mostraram energia e vontade de conquistar quem ficou até a última apresentação no sambódromo.

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