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Em uma semana, postos municipais de São Paulo vacinam 1 milhão de pessoas contra gripe

Na primeira semana, 40,4% dos idosos, crianças e grávidas esperados para toda a campanha foram imunizados; número é recorde, afirma secretário da Saúde

Por Felipe Resk
Atualização:

Na primeira semana da campanha de vacinação contra a gripe para crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes, os postos municipais de saúde vacinaram 1,032 milhão de pessoas - 40,4% do público-alvo. Iniciado no dia 11, o programa foi antecipado por causa do surto de H1N1 e do aumento de mortes no Estado.

Segundo a Prefeitura, a quantidade de vacinas aplicadas é a maior já registrada. “A população está bastante preocupada. A divulgação e a antecipação (do surto de H1N1) chamaram a atenção de todos”, disse o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, neste sábado, 16.

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As mortes por H1N1 no Estado de São Paulo subiram de 70 para 91 em uma semana, segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta sexta-feira. O índice é nove vezes superior a todos os casos registrados em 2015, quando houve dez mortes.

O secretário, no entanto, afirmou que a situação na capital é menos grave do que em anos anteriores. “Estamos muito distantes do que foi a pandemia. Não existe possibilidade de chegar à situação de 2009.”

Filas. Na semana passada, a população formou fila durante a madrugada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Chegamos a ter, em média, mais de 300 pessoas vacinadas por minuto nas 453 UBSs da cidade”, disse Padilha. Segundo o balanço, foram imunizados 36,3% dos idosos, 33,3% das crianças e 28,7% das gestantes esperadas na campanha. Também foram atendidos trabalhadores da saúde (76,3% do total do público-alvo) e puérperas (9,2%).

Padilha orientou que os interessados tentem se vacinar no fim da semana ou à tarde, períodos considerados mais tranquilos. Nas 87 UBSs integradas a unidades da Assistência Médica Ambulatorial (AMA), o horário de funcionamento da sala de imunização é das 7 às 19 horas durante a semana e aos sábados. Nas demais UBSs é possível se vacinar só até as 17 horas.

“Todos estamos preocupados”, disse Rula Masri, de 40 anos, que levou o filho de 1 ano para ser imunizado na manhã de ontem em uma unidade municipal no Pari, zona leste. Ela é libanesa e mora há 15 anos no Brasil. “Minha família me ligou do meu país pedindo para eu dar a vacina. Eles ficaram sabendo do surto pela TV”, contou.

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Nesta segunda-feira, 18, começará uma nova etapa da campanha, para portadores de doenças crônicas. Segundo Padilha, pacientes que não fazem tratamento no posto têm de apresentar receita médica que comprove que a pessoa integra o grupo de risco.

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