Em terminais cheios, transporte clandestino cobra R$ 10

No Terminal Santana, passageiros formaram filas de um quarteirão à espera de coletivos

PUBLICIDADE

Por Laura Maia de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - Por causa da greve do metrô, grandes filas se formaram em terminais rodoviários, onde as estações não estavam abertas. No Terminal Santana, na zona norte, houve fila de um quarteirão para pegar o ônibus até a Estação Jabaquara do metrô, na zona sul da cidade. 

PUBLICIDADE

Normalmente, o trajeto é feito pela Linha 1- Azul do Metrô e, por isso, a linha de ônibus que opera entre as duas estações teve de aumentar a frota de 23 para 50 carros. Mesmo com a alta rotatividade, os passageiros tinham de esperar cerca de 15 minutos na chuva e temiam o trânsito da cidade. 

A vendedora Alessandra Pereira, de 27 anos, decidiu embarcar no ônibus, mas estava apreensiva com o horário. “Gastei 2h de ônibus do Jardim Antártica até aqui. Não quero nem ver o quanto eu vou demorar, ainda mais na volta”, lamentou. Um fiscal do terminal rodoviário destacou a importância do metrô para a região. “O pivô aqui em Santana é o metrô, quando essa estação para fica essa enorme movimentação de ônibus, mas não dá conta”, explicou.

Passageiros enfrentaram longas filas nos terminais Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Clandestino. Enquanto isso, no Jabaquara, mais uma vez o transporte clandestino aproveitou a lotação dos ônibus. No entanto, em vez de cobrar os R$ 5 pela viagem, como foi feito anteontem, o preço aumentou para R$ 10. Algumas empresas contrataram fretados para buscar os funcionários no local. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, os agentes de fiscalização tiveram de voltar as atenções para a orientação aos motoristas. Mas vão realizar operações contra os clandestinos. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.