Em queda, água do Cantareira chega à casa dos 10% pela primeira vez

Em uma semana, sistema de abastecimento perdeu um ponto percentual de sua capacidade de reserva; há um ano, índice era de 63%

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Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - Pela primeira vez em sua história, o Sistema Cantareira atingiu uma marca mínima de reserva de água na casa dos 10%. Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostram que, nesta terça-feira, 29, o patamar chegou a 10,9%, um recorde. Na segunda-feira, 28, foram registrados 11%.

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Há extamente uma semana, o nível estava um ponto percentual mais alto, em 11,9%. Um mês atrás, no dia 29 de março, a situação era ainda melhor, embora já crítica: 13,6%.

Em 29 de abril do ano passado, a situação do Cantareira, que abastece boa parte da Região Metropolitana de São Paulo, era muito diferente. O reservatório computava 63% de volume útil de água. Até aquele dia de abril de 2013, havia chovido na região do sistema 65,4 milímetros.

Por sua vez, em abril deste ano, esse patamar subiu para 85,7 milímetros até esta terça-feira, 29. Mesmo assim, a quantidade maior de água de chuva acumulada não fui suficiente para reverter a tendência de queda do volume reservado.

Multa. A situação deve piorar nos próximos meses de outono e inverno, em geral muito mais secos do que os do restante do ano. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) já fala em adotar uma multa para clientes da Sabesp que gastarem mais água do que a média consumida nos 12 meses do ano passado. Trata-se de uma tentativa de fazer as pessoas usarem menos água, a fim de eviar o esgotamento mais rápido do estoque. A gestão tucana, porém, ainda não determinou quando a medida passa a valer.

Alckmin nega que tenham faltado investimentos em sua administração para a captação de outras fontes para o abastecimento da Grande São Paulo.

 

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