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Em ato com 200 pessoas, MPL veta crise hídrica e foca na tarifa

Movimento volta a mirar no prefeito, ‘casado’ com catraca; outros coletivos vão fazer manifestação independente no dia 11

Por Diego Zanchetta
Atualização:

No sétimo ato convocado neste ano, nesta sexta-feira, 6, o Movimento Passe Livre (MPL) teve de destacar o aumento da tarifa do transporte de R$ 3 para R$ 3,50 como demanda única. E vetou qualquer outro tipo de discussão, além de focar ações no prefeito Fernando Haddad (PT).

Desde o segundo protesto deste ano, grupos que apoiam o MPL têm pedido que a crise da água seja incluída na pauta dos atos. A preocupação com a divisão de reivindicações, entretanto, tem feito o movimento focar na figura de Haddad e esse foi um dos motivos que já fizeram o MPL marchar até a casa do prefeito, na zona sul, na semana passada. Nesta sexta, o grupo fez um “casamento” entre um boneco do prefeito (de terno) e uma catraca dourada (com véu branco). 

Grupo marchou pela região central da cidade Foto: J.F.Diorio/ESTADÃO

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Ainda na abertura do ato, a líder do MPL Mayara Vivian disse que a manifestação não estava aberta para outras demandas. Foi um recado claro para coletivos que trouxeram faixas pedindo “+ água - tarifa”. Durante a manifestação, alguns grupos tentaram de novo abordar o tema, mas foram vetados pelo MPL. No dia 11, eles farão uma manifestação própria, contra a crise hídrica, no Masp, no centro. 

Chuva. Debaixo de chuva forte e com pouca adesão - havia cerca de 200 manifestantes -, o protesto foi pacífico. Na concentração, a Tropa de Choque da PM fez um “escudo de proteção” no prédio da Prefeitura. A corporação afirma que manteve o efetivo de outras manifestações: 900 homens. 

A concentração começou às 17 horas, na Prefeitura. Às 19h15, o grupo começou a caminhar pela Rua Líbero Badaró, no centro, e fechou a via. Passou ainda pela Praça da Sé, Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Viaduto Brigadeiro Luís Antônio, 15 de Novembro e Ladeira da Memória, o que dificultou o trânsito no centro. O ato terminou pouco depois das 21h30, em frente ao Parque Dom Pedro II, com a queima da catraca que os manifestantes carregaram durante todo o protesto. 

Pela primeira vez o ato foi encerrado sem que o MPL divulgasse a data da próxima manifestação. 

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