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'É improvável achar sobreviventes', diz tenente dos bombeiros 

Retroescavadeiras trabalham no local desde as primeiras horas da manhã 

Por Juliana Diógenes
Atualização:

SÃO PAULO - Após mais de 53 horas desde a tragédia que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida, o tenente do Corpo de Bombeiros, Guilherme Derrit, disse nesta quinta-feira, 3, que é "improvável" encontrar vítimas com vida. Por volta das 3 da manhã desta quinta, quando a tragédia completou 48 horas, um maquinário pesado passou a ser utilizado para a remoção de escombros do prédio e busca por desaparecidos. 

Bombeiros trabalham com escavadeiras e outros maquinários nos destroços do desabamento Foto: Amanda Perobelli/ Estadão

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Duas retroescavadeiras retiram material pesado, como ferro retorcido, desde as primeiras horas da manhã. Durante o trabalho das máquinas, que abrem acessos para cães farejadores buscarem vítimas, homens de capacete laranja em solo observam objetos entre os escombros. Caso seja localizado algum objeto diferente no meio do material, o bombeiro solicita a interrupção do trabalho das máquinas. 

+++ Ao lado do desabamento do Paiçandu, outro prédio corre risco

"O bombeiro acredita na possibilidade, mas a gente usa a palavra improvável, e não impossível. É improvável por causa do incêndio. Era um prédio muito elevado, com vários pavimentos. Então, é improvável, sim", disse o tenente agora pouco.

Oficialmente, os bombeiros confirmaram o desaparecimento de quatro pessoas - entre elas, dois meninos gêmeos de 9 anos. Ao todo,49 pessoas estão desaparecidas

Segundo Derrit, um protocolo internacional, porém, determina que o atendimento deresgate de vítimas após desabamentos deve ser feito por até uma semana. "Inclusive, nesse prazo de uma semana, já foi encontrada vítima com vida em incidentes em todo o mundo", afirma. Ele reconhece, no entanto, que a dificuldade é grande na busca por desaparecidos em função das altas temperaturas, estimadas em 150°C neste terceiro dia de rescaldo.

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