''É bom ter um pouco de caos na cidade''

Mohamed El Sayed, egípcio, dançarino da Orquestra de Abu Ghid

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Por Ana Bizzotto
Atualização:

O dançarino egípcio Mohamed El Sayed, de 30 anos, veio ao Brasil para shows com a Orquestra Folclórica de Abu Ghid. A última apresentação será hoje, para moradores de rua, na Luz. Nascido no Cairo, El Sayed vive há 15 anos em Madri. É a segunda vez que ele vem a São Paulo, onde gosta de frequentar cafés e observar a diversidade. Arquitetura. "Nenhuma casa é igual à outra em São Paulo. Essa variedade arquitetônica é um indicativo da diversidade de pensamentos e de um câmbio permanente de culturas", observa El Sayed. "Essa diversidade é a grande riqueza de um lugar. E no Brasil há uma integração maior, sem guetos como na Europa."Impressões. Sayed relata que a grandiosidade da metrópole pode assustar quem vem pela primeira vez, mas essa impressão logo se desfaz. "Como em toda metrópole do mundo, as pessoas aqui têm um ritmo acelerado, mas a diferença é que param para conversar e dar informações", afirma. Cafés. O dançarino adora caminhar pelas ruas da capital paulista e ir aos cafés. "São locais democráticos, com todo tipo de pessoa", diz. Para ele, apesar do trânsito, São Paulo não é tão caótica quanto o Cairo. "Mas é bom ter um pouco de caos. Cidades muito organizadas parecem superficiais, sem vida."

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