Doria prevê uso do Anhembi por até 60 dias por ano após privatização

Ações da SPTuris serão ofertadas na Bolsa; Prefeitura vê prejuízo de R$ 68,5 milhões por ano com operação atual

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:
O sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo Foto: Jonne Roriz/AE

SÃO PAULO - A gestão João Doria (PSDB) envia nesta tarde, 29, o projeto de lei que autoriza a privatização da SPTuris, empresa de turismo da Prefeitura que é dona do Anhembi. O projeto prevê que as ações da empresa em poder da Prefeitura serão ofertadas na bolsa de valores, mas que os novos controladores da empresa terão de ceder à cidade, por até 60 dias por ano, o espaço do sambódromo, da concentração e da dispersão. A cessão se dará para a realização do desfile das escolas de samba, que não deverá ser afetado pela venda.

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O texto diz ainda que a SPTuris terá de enviar à Prefeitura "estudos técnico-operacionais, econômico-financeiros e jurídicos, sem prejuízo de outros estudos que se façam necessários" para viabilizar a operação. 

O complexo, que inclui ainda o centro de convenções do Anhembi, é tido como deficitário pela Prefeitura. Relatório da Berkan Auditores Independentes S.S, apresentado no fim do mês passado, apontou um prejuízo de R$ 68,5 milhões na empresa em 2016.

O projeto de lei terá de passar por duas votações na Câmara antes de voltar à Prefeitura e ser sancionado. O acordo entre a Prefeitura e a Câmara é discutir e aprovar o projeto ainda neste ano. 

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