Doria diz que ação policial na Cracolândia vai continuar

Prefeito de São Paulo admite que traficantes voltaram a atuar na região vendendo, além de crack, também drogas como heroína, cocaína e ecstasy; atuação das polícias Civil, Militar e GCM contam com o apoio de drones

PUBLICIDADE

Por Giovana Girardi
Atualização:
O prefeito João Doria participou neste sábado, 10, de ação de zeladoria na Avenida dos Bandeirantes Foto: Giovana Girardi / Estadão

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou neste sábado que a ação na Cracolândia não terá recuo. “Nem a ação policial, nem a emergencial – que é de natureza social e medicinal –, nem a urbanística, que é de recuperação das áreas. À medida em que elas forem sendo desocupadas elas vão sendo recuperadas para que não sejam mais ocupadas nem por usuários e muito menos por traficantes”, disse.

PUBLICIDADE

Ele reconheceu que os traficantes voltaram a ocupar parte a área. “Lamentavelmente os traficantes voltaram. Estão vendendo drogas, não apenas crack, mas também heroína, cocaína e outras drogas, ecstasy inclusive”, declarou. 

Por isso, disse, a ação policial continua, tanto pelas polícias Civil e Militar quanto pela Guarda Civil Metropolitana. Segundo o prefeito, drones fazem a vigilância durante o dia e as imagens são transmitidas direto para a polícia.

Doria também afirmou que, além da ação policial, os investimentos agora são na ampliação do acolhimento do projeto Redenção. “Criamos a unidade emergencial de acolhimento, que já está funcionando para abrigar 100 pessoas com dormitório, 150 pessoas para alimentação. Instalamos amplo refeitório, ampla área de convivência com TV, uma área para ginástica, exercícios”, disse. Para terça, disse que haverá “cabeleireiro para as mulheres, barbeiro para os homens e muito atendimento”.

Para o final da semana que vem, ele prometeu ampliação do espaço para que 150 pessoas possam dormir e 300 se alimentarem. “E vamos criar mais duas dessas unidades emergenciais de acolhimento do projeto Redenção. Individualizando as abordagens”, afirmou. Segundo o prefeito, a ideia é que “as pessoas acolhidas possam ser encaminhadas, num processo individualizado e seletivo, para o atendimento médico”.

Ainda de acordo com Doria, hoje 300 funcionários da prefeitura estão na região central da cidade conversando com usuários e tentando convencê-los a fazerem tratamento.

O prefeito deu as declarações durante a 24.ª estapa do programa Cidade Linda, em ação de zeladoria na Avenida dos Bandeirantes. Por cerca de 45 minutos, Doria, vestido com uniforme da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ajudou a assentar gradis de segurança.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.