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DNA e celular fazem motoboy ser preso por morte de cunhada

Estudante de 19 anos foi morta em setembro dentro de sua casa, na zona leste de SP; acusado nega ter cometido crime

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Por Redação
Atualização:

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou à Justiça anteontem o motoboy Sandro Dota, de 40 anos, acusado de ter assassinado a universitária Bianca Ribeiro Consoli, de 19, na casa dela no bairro Parque São Rafael, zona leste de São Paulo. Dota foi preso preventivamente no fim da tarde a pedido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que investigava o crime havia exatos três meses. Segundo a polícia, Dota mudou de endereço duas vezes durante a apuração do assassinato - o que justifica mantê-lo sob custódia. O corpo da estudante, que era cunhada do motoboy, foi encontrado dentro de casa com sinais de estrangulamento. O pescoço tinha arranhões e manchas roxas. Na boca havia uma sacola plástica, usada para asfixiá-la. Outras similares foram encontradas na casa de Dota.A acusação formal é de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, uso de meio cruel - asfixia - e dissimulação por conhecer a vítima). Promotores basearam-se nas investigações do DHPP, em relatos de testemunhas e em laudos periciais. Havia pele humana sob as unhas de Bianca, sinal de que ela teria lutado com o assassino. Dota estava ferido. A calça do acusado também tinha manchas de sangue, dele mesmo. Exames de DNA confrontaram o material genético encontrado e o resultado foi positivo.Para o diretor do DHPP, Jorge Carrasco, o caso está encerrado: "Não tenho dúvida de que o autor do homicídio é Sandro. Todo o álibi dele, de que não estava no local do crime, de que se machucou quando foi ver uma obra, caiu por terra. Tudo é mentira. Foi em uma luta corporal com a vítima".A polícia rastreou uma ligação de telefone celular feita por Dota e os dados indicam que ele estava no local do assassinato. O ferimento na perna de Dota tem a mesma altura (40 cm) dos degraus da casa de Bianca.A família desconfiava do envolvimento de Dota. Ele teria sido visto perto da casa de Bianca no dia do crime. Dota nega ter matado a cunhada. A reportagem não consegui contato com a defesa.Durante a investigação, o DHPP interrogou várias pessoas que conheciam Bianca, pois havia a suspeita de que o assassino era alguém próximo da vítima. Entre os interrogados estavam o padrasto, o cunhado e o ex-namorado da universitária André Neres Maciel, de 21 anos. O rapaz morreu em um acidente 19 dias depois do assassinato. Ainda não se sabe o motivo do crime. / FELIPE FRAZÃO

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