Desembargador aposentado é morto por bandidos no Rio

Dupla abordou o magistrado, que estava com o neto, quando ele estacionava em uma avenida de Niterói

PUBLICIDADE

Por Heloisa Aruth Sturm e RIO
Atualização:

O desembargador aposentado Gilberto Fernandes, de 79 anos, morreu na madrugada de ontem após ser baleado durante tentativa de assalto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Por volta das 22h de quinta-feira, Fernandes estacionou seu Honda City na Avenida 7 de Setembro, em Icaraí, quando foi abordado por dois homens que caminhavam na calçada. De acordo com a Polícia Civil, testemunhas disseram ter visto o desembargador, que estava com o neto no carro, dando ré após o anúncio do assalto. Ele foi atingido por dois tiros, na cabeça e no pescoço. Chegou a ser socorrido no Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu. Depois de efetuarem os disparos, os suspeitos fugiram a pé. Por meio de nota, a polícia afirmou que o delegado Mario Luiz da Silva, titular da 77.ª DP (Icaraí), vai aguardar que os parentes se refaçam do choque para que possam depor. Equipes da delegacia buscam imagens de câmeras de segurança que possam ajudar na identificação dos criminosos. A Polícia Civil disse que não daria mais detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações que estão sendo conduzidas pela 77.ª DP com apoio da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Pioneirismo. Em 1998, Gilberto Fernandes foi o primeiro negro nomeado desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro. Ele começou a carreira na magistratura em 1974. O presidente do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, amigo pessoal de Fernandes, manifestou-se por meio de nota, dizendo que "lamenta profundamente o assassinato". Em nota, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro cobrou mais segurança na região. "Esta tragédia comprova a necessidade urgente de se pensar sobre a violência que destrói a sociedade", diz o texto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.