Depois de São Paulo, Taboão da Serra restringe caminhões

Restrição na capital teria provocado 'invasão' de veículos na cidade; secretário de Transporte do município condena falta de diálogo entre Kassab e outras regiões

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Por Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo
Atualização:

SÃO PAULO - A Prefeitura de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, restringiu a circulação de caminhões em todas as ruas da cidade. A medida, válida desde sábado, é uma reação à restrição da capital - que teria provocado uma "invasão" de caminhões na cidade.

 

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De acordo com o secretário de Transporte do município, Claudinei Pereira, Taboão virou rota alternativa dos motoristas que fogem da proibição do tráfego na Marginal do Pinheiros, iniciada em setembro, e nas ruas do Morumbi, na zona sul, desde 29 de outubro. "A medida em São Paulo pode ter sido boa para a cidade, mas condeno o fato de o prefeito Gilberto Kassab não conversar com a Região Metropolitana. Fez com que ficássemos reféns", disse Pereira. Em uma das vias, o número de caminhões chegou a 870 em um dia - o triplo do que era registrado antes.

 

A restrição ocorre de segunda a sexta-feira, das 5 horas às 21 horas, e aos sábados, das 10 horas às 14 horas. Dentro de 15 dias, a prefeitura começará a aplicar multas de R$ 85,13, mais quatro pontos na carteira de habilitação. A administração colocou 30 faixas e 45 placas avisando sobre a proibição. A punição só será feita para veículos que estiverem de passagem por Taboão. Empresas da cidade serão isentas, mediante cadastro na prefeitura ou no Departamento de Trânsito.

 

O presidente do Sindicato dos Transportadores de São Paulo (Sindcam), Norival de Almeida Silva, critica a medida. "Já não temos outras opções. Daqui a pouco, não teremos como andar no Estado', diz. A restrição de caminhões na capital já havia incomodado municípios vizinhos, que reclamavam da migração dos veículos. Santo André faz estudos para mensurar o impacto do tráfego para decidir sobre proibições. São Caetano descartou, por enquanto, medidas restritivas.

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