Atualizado às 9h14.
SÃO PAULO - O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, que teve o corpo queimado após uma suposta tentativa de assalto em São José dos Campos (SP), morreu às 22h30 dessa segunda-feira, dia 3, no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na zona sul de São Paulo. Segundo a instituição, o estado de Gaddy era crítico. Ele teve mais de 50% do corpo queimado, "a maioria dessas lesões de terceiro grau".
O velório acontecerá na manhã desta terça-feira, dia 4, no Cemitério Gethsêmani, também no Morumbi. O enterro está marcado para as 16h.
O dentista foi queimado na noite do dia 27 de maio e encontrado consciente pelas equipes de socorro em seu consultório (veja fotos do local). Ele contou aos policiais que dois criminosos invadiram o consultório por volta das 21h. Segundo Gaddy, os bandidos atearam fogo em seu corpo após ele pegar um celular do bolso. O aparelho foi encaminhado para perícia e as recentes conversas do dentista estão sendo rastreadas.
Segundo o delegado seccional de São José dos Campos, Leon Nascimento Ribeiro, foram ouvidos neste fim de semana a ex-mulher de Gaddy, amigos, familiares e vizinhos do dentista. "Ninguém viu uma movimentação estranha no consultório ou possíveis suspeitos. As investigações continuam, mas ainda não temos suspeitos nem sequer presos."
Outro caso. O caso de Gady ocorreu pouco mais de um mês após a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza ser queimada viva em seu consultório em São Bernardo do Campo. Os bandidos teriam se irritado porque ela só tinha R$ 30 na conta. Quatro acusados pelo crime estão presos.
Após os dois casos, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP), que criou uma linha direta para denúncias de violência, decidiu distribuir um aplicativo de celular que funciona como "botão de pânico" para dentistas vítimas de violência.