SÃO PAULO - O delegado Iraí Santos de Paula, do 98º Distrito Policial (Jardim Miriam), na zona sul de São Paulo, foi afastado do cargo na quinta-feira, após a repercussão da denúncia de Karina Fogaça, de 30 anos, sobre o "descaso" de policiais da delegacia em registrar o sequestro de seu irmão, Renan Fogaça Alípio, de 22 anos, ocorrido em frente de sua casa, no último sábado, 16.
Renan foi encontrado baleado no mesmo dia e morreu em um hospital de Diadema, no Grande ABC. O enterro aconteceu no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a confirmação do afastamento foi dada por Walter Bassoli Carvalho, que responde pela diretoria da 6º Seccional de polícia, em Santo Amaro. O delegado Roberto Tadeu Sampaio Lopes vai assumir a titularidade do 98º DP.
A irmã de Renan, a técnica em Radiologia Karina Fogaça, chegou a divulgar o sequestro de Alípio em sua página no Facebook, com o objetivo de conseguir informações sobre o paradeiro do rapaz. Alípio foi sequestrado na frente de casa, em Pedreira, zona sul da capital paulista, às 21h15.
Vizinhos viram quatro homens em um Celta preto abordando o metalúrgico. A família chegou ao 98º DP 45 minutos após o crime. "Os policiais falaram que era preciso esperar 24 horas para registrar a ocorrência", disse a corretora de imóveis Márcia Fogaça, de 35 anos, prima de Alípio. Segundo ela, só foi feito BO de desaparecimento.