Falta de assistência. A viúva do deficiente visual que morreu na noite de domingo diz que não recebeu nenhum tipo de assistência da Companhia do Metropolitano. Elizena Teixeira era mulher de Santos, que trabalhava em São Paulo e voltava para Santa Bárbara D'Oeste aos finais de semana para ficar com a família. Segundo ela, o marido conhecia muito bem as estações do Metrô da capital: "Ele fez o mesmo trajeto por cinco anos. Ele descia na Estação Tietê, fazia a baldeação na Sé e ia até a estação Marechal Deodoro. Quando ele descia do trem, sempre havia um segurança que chamava um condutor. Não sei por que não havia ninguém com ele. Ele estava sozinho". Elizena Teixeira reclama que não obteve nenhuma atenção do Metrô, após a morte do marido: "Não recebi uma ligação nem para dizer que sente por um cidadão, que pagava imposto, e que alguém sente a perda dele. Não obtive nenhuma assistência do Metrô. Os auxílios que recebi foram da empresa onde meu marido trabalhava, a Vivo". A Polícia vai investigar as causas da morte de André Herculano para apurar as responsabilidades. Entre as dúvidas que deverão ser sanadas está a ausência de vigilantes e de pessoas encarregadas de auxiliar os deficientes visuais. Suicídio e homicídio doloso, quando há intenção de matar, estão descartados. O Metrô não respondeu aos questionamentos sobre a afirmação da viúva, de que ela não teria recebido nenhuma assistência.