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Defesa animal tenta identificar causa da morte de 280 bovinos em Bauru

Todas mortes ocorreram no domingo, 30, mas somente nesta terça-feira, 1º, o Escritório de Defesa Animal foi notificado da ocorrência

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Por Redação
Atualização:

ARAÇATUBA - Técnicos de defesa animal tentam identificar a morte de 280 cabeças de gado de corte que morreram misteriosamente numa fazenda de Bauru, no interior de São Paulo. O gado estava em um confinamento com 800 cabeças na fazenda Calderari, quando o proprietário notou que eles estavam morrendo. As mortes ocorreram durante todo o dia de domingo, 30, mas somente nesta terça-feira, 1º, o Escritório de Defesa Animal (EDA) foi notificado da ocorrência.

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Segundo a EDA, apesar das mortes, a fazenda não havia sido interditada até o final da tarde desta terça-feira. De acordo com a assessoria da EDA, veterinários do escritório de Bauru iriam até a fazenda para averiguar as possíveis causas da mortandade dos animais.

Na manhã de domingo, ao constatar que seu rebanho estava morrendo, o dono da propriedade, Silvio Calderari, procurou o prefeito da cidade, Rodrigo Agostinho, para pedir ajuda. "Fui procurado pelo proprietário. Ele achava que as mortes tivessem sido causadas pela descarga de um raio, porque tinha chovido à noite, mas depois as mortes continuaram", contou Agostinho. Segundo o prefeito, máquinas da prefeitura foram cedidas para enterrar os animais. "O Silvio isolou o resto do gado e pudemos fazer o enterro das reses mortas na própria fazenda", disse o prefeito.

Investigação. De acordo com Agostinho, a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal da Agricultura foram acionadas e técnicos fizeram exames para se tentar descobrir a causa das mortes. "Estamos à espera de resultados, mas pode ser intoxicação, envenenamento ou mesmo botulismo", disse o prefeito.

A diretora de Saúde Coletiva da prefeitura de Bauru, Eloísa Lombardi, disse que veterinários providenciaram a retirada de sangue e materiais dos animais para realização de exames químicos e patológicos. Também foram recolhidos tecidos dos animais e de amostras da ração dada ao gado para exames de toxicologia. Os materiais foram enviados para laboratórios da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, e para laboratórios do Paraná e de Ourinhos, no interior de São Paulo.

O proprietário da fazenda, Sílvio Calderari, que também é dono de uma casa de carnes em Bauru, não foi localizado para comentar o assunto. De acordo com assessoria do EDA, veterinários suspeitavam, inicialmente, que as mortes podem ter ocorrido por intoxicação da alimentação do gado, mas que nenhum dos técnicos do órgão tinha ainda providenciado a realização dos exames para comprovar a suspeita.

O delegado da Central de Polícia Judiciária de Bauru Paulo Kalil disse que a polícia abriu inquérito para apurar o caso, mas que trabalha com hipótese de intoxicação culposa. "Não acreditamos em envenenamento dos animais", disse.

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