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Decreto autoriza Prefeitura de SP a criar Parque Augusta

Área verde na esquina das Ruas Augusta e Caio Prado, na região central, custaria mais de R$ 30 milhões para ser desapropriada

Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - O Parque Augusta, antiga reivindicação de um grupo de moradores da região central da capital paulista, ganhou mais um passo para ser tirado do papel. Um decreto publicado nesta terça-feira, 24, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), no Diário Oficial da Cidade, autoriza o poder excecutido a criar a área verde, na esquina das Ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá.

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Segundo o decreto, "o referido parque terá como referência atividades relacionadas à prática de atividade física, educação ambiental e preservação da memória paulistana".

O texto, contudo, não informa quando o parque será criado, já que o terreno de 25 mil metros quadrados pertence à iniciativa privada e requer desapropriação por parte da Prefeitura.

O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) assinou decreto em 2008 desapropriando o espaço, porém, a desapropriação ainda não foi executada. Na época, o terreno estava avaliado em R$ 33 milhões. Desde então, porém, a área passou por grande valorização imobiliária.

As construtoras Cyrela e Setin planejam erguer duas torres no terreno, mas prometem deixar o resto da área aberto à população e com as 695 árvores de espécies remanescentes da Mata Atlântica.

Prioridades. Críticos da criação do parque defendem que a Prefeitura deveria usar o montante necessário para a desapropriação e a remodelação da área em outras atividades mais essenciais, como a construção de creches e hospitais em áreas periféricas da cidade.

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