CQC questiona vereadores sobre fraudes na presença reveladas pelo 'Estado'

Ao programa, Italo Cardoso (PT) se recusou a comentar o caso; Marco Aurélio Cunha (PSD) disse que Zé Careca já registrou sua presença a pedido

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Por Gabriel Perline
Atualização:

A edição do CQC dessa segunda-feira, 9, exibiu uma reportagem pautada em cima da revelação, pelo Estado, de que vereadores de São Paulo usavam expedientes fraudulentos para registrar presença no plenário da Câmara.

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A repórter Mônica Iozzi conversou com alguns vereadores e questionou a eles se haviam assistido ao vídeo publicado na TV Estadão ou lido as matérias publicadas no estadão.com.br e no Estado. Alguns desconversaram, outros desmentiram a reportagem e houve quem admitisse se valer da prática, como o vereador Marco Aurélio Cunha (PSD). "Já bateu porque eu pedi", disse o político sobre a atuação de Zé Careca, um dos funcionários da Câmara que garantem a presença dos ausentes. "Estão colocando como se fosse uma prática comum dos vereadores, mas não é", completou.

Agnaldo Timóteo (PR) se mostrou irritado e desmentiu a reportagem do Estado. "Jamais isso acontece aqui. Tem que acabar com essa psicose. Quando você registra sua presença no plenário é para dizer 'eu estou na casa'. Você pode estar no restaurante, no gabinete, engraxando o sapato, assistindo televisão, pintando o cabelo... faça o que você quiser, desde que às 17h você esteja no plenário para votar nas matérias importantes".

Vereadores que buscam a reeleição foram abordados em eventos de seus partidos. Italo Cardoso (PT) ficou irritado, fugiu da reportagem e se recusou a comentar o caso, alegando que o caso não seja de interesse público, mas apenas especulação da imprensa. Ricardo Teixeira (PT), Gilberto Natalini (PV), Zelão (PT) e Quito Formiga (PR) garantiram nunca terem se valido da prática. "Se aconteceu algum fato o vereador que fez o erro tem que ser punido", disse Teixeira.

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