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Policiais são presos em flagrante por extorsão mediante sequestro

Policiais atuam na zona norte da capital, foram até Ribeirão Preto prender supostos traficantes, mas não avisaram aos superiores

Por Alexandre Hisayasu
Atualização:

SÃO PAULO - Três policiais civis da 4.ª Delegacia Seccional Norte de São Paulo e um informante foram presos em flagrante pela Corregedoria sob a acusação de sequestrar dois supostos traficantes de drogas e exigir dinheiro para libertá-los. O cativeiro seria a própria delegacia.

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Segundo informações da polícia, os investigadores Ailton Rodrigues Belem, Carlos Felipe Martins Thiago Pinheiro Machado e o informante Irazer Soares da Silva, foram até a cidade de Ribeirão Preto, a cerca de 320 quilômetros da capítal, no domingo, 15, mas não avisaram ao delegado responsável pela equipe e a nenhum outro superior.

Os policiais pertecem a SIG (Setor de Investigações Gerais) da 4.ª Seccional e são destacados parainvestigar crimes ocorridos apenas na cidade de São Paulo. Para qualquer diligência em outro município é preciso de autorização prévia de seus superiores.

Em Ribeirão Preto, eles prenderam os dois homens que seriam traficantes de drogas na cidade. Durante a ação, os familiares foram avisados que eles só seriam libertados se houvesse pagamento de propina. Os supostos traficantes foram colocados em uma viatura e seguiram para São Paulo. O valor da extorsão não foi divulgado.

Os familiares foram até a delegacia da cidade registrar uma queixa contra os policiais da zona norte da capital. O delegado avisou a Corregedoria da Polícia Civil, que montou uma operação e prendeu os investigadores.Eles estão no presídio da Polícia Civil.

Conduta. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou que a Corregedoria prendeu os homens em flagrante por extorsão mediante sequestro. A pasta informou também que foi aberto "um processo administrativo para apurar a conduta dos policiais e a participação de outras pessoas no crime". 

Segundo a secretaria, as vítimas eram usuárias de drogas e foram detidas após denúncias de um informante. Elas assinaram um termo circunstanciado, ainda de acordo com a pasta, por estar portando droga para consumo próprio e foram liberadas mediante compromisso de comparecimento em juízo.

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