ENTREVISTAJoão Bosco Cantor da dupla João Bosco & Vinícius
O cantor João Bosco, da dupla João Bosco & Vinícius, faz parte da vertente universitária da música sertaneja. Ele acredita que o preconceito com o ritmo diminuiu e conquistou os jovens. Para isso, afirma, o estilo musical se modernizou, tornou-se pop, com um pouco de percussão ao lado das violas e das sanfonas, mas continua a falar de amor.
Como a moda do sertanejo universitário afetou a sua carreira?
A dupla João Bosco & Vinícius tem 17 anos, começamos como adversários em um show de calouros lá em Mato Grosso do Sul. A cada ano a nossa carreira foi crescendo e se consolidando. A música sertaneja não é uma moda. Ela vem sofrendo transformações e nasceu essa nova vertente, que tem o objetivo de trazer (atrair) os jovens. Os arranjos feitos hoje são mais dançantes. Agora, o público que gosta de house, axé e vai a micaretas gosta de ouvir sertanejo.
Foi essa mudança que fez com que as pessoas assumissem que gostam do gênero?
Não é que o público não gostava, o problema era um certo receio. Continuamos falando de amor, só que de uma forma um pouco mais moderna.
O que você destaca no sertanejo universitário?
É uma música pop, com arranjos mais modernos, usando uma mistura de sanfona, violão, guitarra e viola. Também colocamos um pouco de percussão.
Como vê a chegada do sertanejo a casas noturnas que tocavam só música eletrônica?
As boates que tocavam house, por exemplo, agora têm música sertaneja. O som deixou de ser apenas rural, de tratar só de questões do campo, e se tornou uma música urbana. Assim, as casas passam a privilegiar a música brasileira.