Confusão na Cracolândia termina com suspeito preso, guarda ferido e ônibus depredado

Tumulto ocorreu durante uma ação de limpeza da Praça Princesa Isabel

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
Usuários de drogas estão instalados na Praça Princesa Isabel Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

SÃO PAULO - Uma confusão na Praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, onde está instalada uma nova Cracolândia, terminou com um suspeito de tráfico preso, um guarda-civil ferido e um ônibus depredado na tarde desta quarta-feira, 14. O tumulto ocorreu durante uma ação de limpeza da Praça, que passou a ser rotina desde a operação do domingo, 11, em que barracas e tendas foram desmontadas. 

Um ônibus municipal da linha 311C, Parque São Lucas ao Bom Retiro, foi cercado e depredado por frequentadores da Cracolândia Foto: Gabriela Biló/Estadão

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De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, a ação de limpeza por equipes da Prefeitura ocorria sem problemas quando uma pessoa foi flagrada com uma quantidade não informada de crack. A partir daí, a tentativa de prender o suspeito desencadeou a reação de usuários de drogas. "Os usuários infelizmente acabam sendo usados pelos traficantes para proteção, que incitam a violência contra os agentes", disse o inspetor José Aparecido Cesar Filho, comandante da operação. 

O agente informou que na reação dos usuários um guarda foi ferido com uma pedrada no rosto e teve uma fratura. Ele foi levado para atendimento médico de urgência e seu estado de saúde não foi informado. O suspeito foi levado para autuação no 77º DP (Santa Cecilia). A reação dos guardas, que acionaram reforço da própria tropa e da Polícia Militar, levou alguns usuários a se espalharam pela região. 

No mesmo horário, um ônibus municipal da linha 311C, Parque São Lucas ao Bom Retiro, foi cercado e depredado por frequentadores da Cracolândia, segundo informou a PM, nas imediações da Sala São Paulo, a menos de 500 metros da Praça. O para-brisa e os vidros laterais foram quebrados com pedras, mas ninguém ficou ferido. Os responsáveis pelo ataque não foram identificados. 

As operações de limpeza estariam ocorrendo duas vezes por dia após a ação policial do domingo passado, segundo informou a GCM, com objetivo de evitar a reinstalação de barracas e tendas, que facilitariam o tráfico na área. 

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