Compartilhamento por aplicativo chega aos táxis aéreos

Empresa desenvolveu em São Paulo aplicativo que oferece viagens em aeronaves particulares, principalmente para o Rio

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:
Proposta é democratizar o mercado, diz Paul Malicki (à esq.), um dos sócios da empresa Foto: Sérgio Castro/Estadão

A filosofia de compartilhamento de viagens por meio de aplicativos chegou ao mais exclusivo dos mercados ligados a transportes, o táxi aéreo. Um app desenvolvido em São Paulo, com investimento russo, oferece viagens em aeronaves particulares para destinos como Rio e, principalmente, para pontos turísticos do litoral norte e do interior do Estado.

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O Flapper funciona há dois meses e, segundo seus fundadores, fez 20 viagens no período. A proposta é aproveitar assentos vazios de jatos que já fariam a rota entre dois pontos determinados e oferecer esses lugares para outras pessoas. “Nossa proposta é mesmo ir para a classe média, democratizar esse mercado”, diz Paul Malicki, um dos sócios da empresa.

O preço varia conforme data, destino e tipo de aeronave – os jatos têm preço mais caro do que aviões particulares de hélice. A empresa selecionou rotas mais frequentes, como São Paulo-Rio e São Paulo-Belo Horizonte, que ficam disponíveis na tela do aplicativo. Uma viagem para o Rio, por exemplo, sai por R$ 1.350 por pessoa. “Acreditamos que seja possível ficar abaixo de R$ 1 mil com o aumento da demanda”, afirma Malicki, que também faz parte da equipe da Easy, empresa que atua no mercado de táxis e, recentemente, lançou o Easy Go, de viagens de carros comuns, concorrente do Uber.

Para viabilizar a ideia do transporte aéreo, além de desenvolver o aplicativo e escrever os algoritmos usados na combinação das viagens, a empresa tem de fazer buscas nas companhias de táxi aéreo. “Se vem um pedido novo, nós buscamos os serviços disponíveis”, diz Arthur Virzin, cofundador da empresa. Ele afirma que roteiros para o litoral norte de São Paulo e para cidades como Campos do Jordão e Barretos vêm recebendo a maior parte dos pedidos, além das duas capitais já citadas. 

O aplicativo, por ora, só está disponível no sistema iOS, para iPhone. Deve ser lançado nos próximos dias no sistema Android, que roda na maioria dos aparelhos. 

Para a Associação Brasileira das Empresas Aéreas – que congrega as grandes companhias do País – o serviço não chega a ser um concorrente, dada a demanda das pontes aéreas ser muito maior. 

Helicópteros. Além do táxi aéreo, a empresa oferece serviços de helicóptero para São Paulo e outras cidades próximas. Nesse mercado, já há uma empresa operando, a Helo – a Uber, de carros, chegou a fazer testes com os helicópteros e, de acordo com a companhia, os dados do teste ainda estão sendo analisados. 

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