Comerciantes da Feira da Madrugada protestam em frente à Prefeitura

Pelo menos 500 pessoas participam da manifestação. Ambulantes alegam que prazo dado pela Prefeitura para desocupar o terreno, 9 de maio, é curto

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Por André Cabette Fábio
Atualização:

Atualizada às 15h07

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SÃO PAULO - Cerca de 500 comerciantes que trabalham na Feira da Madrugada, no Pari, região central, fizeram uma passeata na manhã desta sexta-feira, 3, para protestar contra a decisão da Prefeitura de retirá-los do local até o dia 9. Após caminhar até a sede do governo municipal, o grupo enviou um representante para tentar conversar com o prefeito Fernando Haddad (PT). Uma reunião foi marcada para as 19h.

O grupo reclama que a Prefeitura não informou a eles para onde serão levados e onde poderão colocar suas mercadorias. Também afirmam que o prazo para abandonarem o terreno da feira é muito curto e está perto do Dia das Mães, uma das datas de maior movimento no local. A retirada dos comerciantes foi determinada pela Prefeitura nessa semana, após pedido do Ministério Público, que detectou falta de segurança no local.

"Concordamos em fazer uma reforma, mas a gente quer trabalhar", afirma o comerciante José Laerte de Souza, de 44 anos, que afirma vender apenas as roupas que fabrica na sua pequena confecção. "Como está perto do Dia das Mães, todo mundo está cheio de mercadorias. Se tiver que sair dia 9 mesmo, a gente não tem lugar para guardar e nem tem como vender tudo isso", completou Souza.

Uma das propostas apresentadas pelo grupo é de fazer a reforma do espaço aos poucos. Os comerciantes estão dispostos a ficar até um mês parados, segundo o coordenador da Comissão Permanente de Ambulantes da feira (Copae), Gilson Roberto de Assis. Guardas civis que acompanhavam a manifestação disseram que pelo menos 500 pessoas participaram do protesto. 

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