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Chuva desacelera mas todos os mananciais de SP registram aumento

Considerado o principal sistema hídrico, o Cantareira ganhou água represada pelo 3º dia seguido e opera com 16,5% da capacidade

Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - Mesmo tendo chovido menos do que nos dias anteriores, todos os principais sistemas hídricos de São Paulo registraram aumento nesta quarta-feira, 4, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo(Sabesp). O principal deles, o Cantareira, ganhou volume armazenado de água pela terceira vez consecutiva.

Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual e opera com 16,5% da capacidade, segundo índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp. No dia anterior, o sistema estava com 16,4%. O cálculo considera duas cotas de volume morto, adicionadas no ano passado, como se fossem volume útil do sistema.

Represa Jacareí, em Joanópolis, no interior de São Paulo. Considerado o principal manancial de abastecimento da capital e da Grande SP, o SistemaCantareiraainda não superou a crise Foto: Werther Santana/Estadão

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A pluviometria do dia na região do Cantareira foi de apenas um milímetro. O valor acumulado nesta primeira semana do mês, no entanto, é de 47,8 mm: mais do que o dobro do esperado, caso a média histórica de 5,3 mm por dia, estivesse se repetindo.

O índice negativo, que passou a ser divulgado após decisão judicial, também registrou alta de 0,1 ponto. Segundo o dado, o nível do Cantareira está em - 12,8, ante - 12,9% no dia anterior. No terceiro índice, a variação positiva foi a mesma. O sistema opera com 12,8%, contra 12,7% na terça-feira.

Outros mananciais. O Guarapiranga, atual responsável por abastecer o maior número de clientes da Sabesp (5,8 milhões), subiu 1,7 ponto porcentual - o terceiro aumento consecutivo. O manancial está com 81,7% do volume armazenado de água, ante 80% no dia anterior.

Atravessando crise severa, o Alto Tietê também subiu pelo terceiro dia. O sistema está com 14,3%, o,3 ponto mais do que no dia anterior, quando o índice era de 14%. Esse cálculo leva em conta um volume morto, acrescentado no ano passado.

Proporcionalmente, o Alto Cotia foi quem registrou o maior aumento: 1,8 ponto porcentual. A alta fez o nível do manancial saltar de 63,7% para 65,5% após pluviometria de 100 mm em apenas quatro dias. Já o Rio Grande subiu 0,3 ponto porcentual e está com 89,8%.

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Após registrar cinco quedas seguidas, o Rio Claro voltou a subir. O manancial opera com 54,1%, contra 54% no dia anterior. 

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