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Centros de Apoio ao Trabalho em SP deixam de funcionar por causa de greve

Pelos menos 50 atendentes contratados pela Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência cruzaram os braços porque estão com os salários atrasados

Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - Seis Centros de Apoio ao Trabalho (CATs) nas zonas leste e sul de São Paulo não abriram as portas nesta terça-feira, 11, por causa de uma greve de funcionários terceirizados da prefeitura. Pelos menos 50 atendentes contratados pela Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape) cruzaram os braços porque estão com os salários atrasados.

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A paralisação impediu a abertura dos dois CATs de São Mateus, de Ermelino Matarazzo, São Miguel, Cidades Tiradentes, na zona leste, e da Vila Mariana, zona sul. Em outras unidades --são 39 ao todo--, os funcionários adotarão a operação tartaruga, reduzindo o número de atendimentos pela metade.

Em nota, a Avape nega a prática e alega que "enfrenta um período de instabilidade de fluxo de caixa, acarretando dificuldades no cumprimento de datas de pagamentos salariais e de benefícios". A entidade admitiu que o adiantamento salarial de fevereiro e o pagamento de março estão atrasados. Ao todo, 410 funcionários trabalham nos CATs da prefeitura.

Segundo a associação, cujo contrato de cinco anos com a prefeitura está prestes a se encerrar, o pagamento depende do repasse da prefeitura que ainda não foi feito. A promessa a quitar a dívida até sexta-feira.

"A prefeitura está em dia com a Avape, mas não temos como gerenciar o pagamento direto aos funcionários. Já emitimos quatro notificações e aplicamos multa de R$ 2,7 milhões por causa do descumprimento do contrato", disse a coordenadora de Trabalho, Simone Simões, da Secretaria Municipal do Trabalho.

De acordo com ela, o repasse para a Avape está previsto para ser feito hoje. "É um problema de fluxo de caixa deles. Eles sequer apresentaram as guias de recolhimento de impostos para receberam o dinheiro", completou Simone.

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