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CENÁRIO: experiência com grupos sociais pode contar a favor

Por Ligia Formenti
Atualização:

O médico Fábio Mesquita enfrentará uma série de desafios no cargo que passa a ocupar a partir de julho. O programa de aids do País - que já foi referência mundial - não tem mais as ONGs como braço direito para as ações de prevenção, adota estratégias tímidas de tratamento e sofreu forte redução do quadro de funcionários.A epidemia de aids no Brasil está estabilizada, mas em patamares considerados altos. Por isso, avaliam analistas, as estratégias de prevenção estão descoladas da realidade. A ênfase é dada no público em geral, enquanto o ideal seria focar nos grupos mais vulneráveis, como gays, prostitutas e usuários de drogas. Amarrado a acordos feitos com grupos políticos religiosos, o governo teme qualquer estratégia considerada inovadora que possa resvalar na polêmica. A experiência de Mesquita com grupos sociais da área pode contar a seu favor para uma reaproximação e, depois, adoção de ações mais ousadas.

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