Casal e jovem executaram universitária no interior

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Por CHICO SIQUEIRA e ARAÇATUBA
Atualização:

A polícia prendeu ontem um casal e um menino de 14 anos acusados de matar a universitária Camila Pires Macedo, de 20 anos. A estudante de Odontologia foi sequestrada em Ourinhos, no interior paulista, e assassinada com um tiro na cabeça em um canavial da zona rural de Cambará (PR), na divisa de São Paulo. Seu namorado, Murilo Macedo Lima, de 19, que também levou um tiro, conseguiu escapar se fingindo de morto e chamar a polícia.Na madrugada de 11 de dezembro, Camila esperava, no carro, o namorado comprar água em uma padaria do Jardim Paulista, bairro nobre de Ourinhos, quando foi rendida por Vanusa da Silva Trentini, de 35 anos, e o filho dela, um adolescente de 14. Ao chegar ao veículo, Murilo também foi rendido pelo companheiro de Vanusa, Carlos Mendes da Silva Neto, de 30, que assumiu a direção do Eco Sport de Camila e seguiu pela Rodovia Raposo Tavares. Num canavial, os sequestradores amarraram o casal com tiras da camiseta do menor e Silva Neto atirou na cabeça de Camila. O adolescente pegou a arma e disparou contra Murilo, que se fingiu de morto. Em seguida, os criminosos fugiram roubando os pertences dos namorados. "Felizmente os sequestradores não sabiam que o tiro havia acertado o braço de Murilo. Ele depois se arrastou e caminhou até uma rodovia, onde pediu ajuda", contou o delegado João Beffa, de Ourinhos.Do Paraguai. Segundo ele, a identificação dos criminosos se deu por meio de filmagens feitas por câmeras do sistema de segurança de um posto de combustível onde o grupo parou para abastecer. "Depois, fizemos um trabalho de inteligência, o carro de Camila apareceu abandonado em Cascavel (a mais de 530 km de distância de Cambará) e localizamos a casa de Vanusa em Ourinhos", conta. "Os três acusados estavam no Paraguai, mas quando eles retornaram e foram para Itapetininga, onde mora uma prima de Vanusa, para quem pretendiam pedir dinheiro, aproveitamos para fazer a prisão, na madrugada de hoje (terça-feira)", contou Beffa.

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