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Casa das Rosas: área comprada em 1900 por Ramos de Azevedo

Por Edison Veiga e Rodrigo Burgarelli
Atualização:

SÃO PAULO - Declarada de utilidade pública em 1991, a Casa das Rosas é exemplo de preservação. "Suas proprietárias na época eram a Boa Esperança Comercial e Administradora e a Pedra Grande, que o haviam adquirido dos herdeiros do casal Lúcia Ramos de Azevedo e Ernesto Dias de Castro", lembra Frederico Barbosa, diretor do centro cultural dedicado à literatura que funciona no casarão.

 

"O terreno foi adquirido em 1900 pelo arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo e, anos depois, vendido a seu genro, Ernesto Dias de Castro. Segundo plantas da construção e um ofício de 1935 do escritório de Ramos de Azevedo, a construção se deu nessa época e o projeto foi assinado pelo arquiteto Felisberto Ranzini." Ou seja: pai e sogro dos moradores, Ramos de Azevedo não viu a obra pronta, já que morreu em 1928.Após a desapropriação, foi inaugurada ali uma galeria de artes, dirigida por Cláudio Tozzi e outros artistas. Em 2003, a Secretaria de Cultura decidiu dar nova função ao espaço. Após quase dois anos fechada, a Casa das Rosas foi reaberta ao público no fim de 2004, com nova designação: Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, em homenagem ao poeta morto em 2003, cujo acervo, de cerca de 20 mil volumes, a Casa passou a abrigar. Preservar as características do imóvel tombado é preocupação constante. "Qualquer imóvel histórico, tombado ou não, deveria ser mantido para dar seu testemunho daqui a décadas e séculos", resume Carlos Fernando Nogueira, coordenador de Preservação e Identidade Visual da Casa.

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