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Câmara Municipal de São Paulo aumenta o consumo de água

Ranking com endereços da Prefeitura mostra que 833 espaços mantidos pela gestão tiveram crescimento de gasto

Por Diego Zanchetta e Paulo Saldaña
Atualização:

Atualizada às 23h08

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SÃO PAULO - A Câmara Municipal de São Paulo está entre os 833 endereços de órgãos municipais que tiveram aumento no consumo de água. Esses prédios representam 27% dos 3.128 endereços ligados à Prefeitura de São Paulo. Desse total, 1.510 locais (48%) tiveram redução maior que 20% no consumo de água. Nos outros 785 endereços (25%), a diminuição foi de até 20%. 
Um ranking com as informações de gasto e economia de água, obtido pelo Estado, foi encaminhado a gestores municipais na semana passada. No documento, novembro é o mês usado como referência para calcular o consumo. A comparação é feita com a média de gasto entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Esse critério de comparação consta em ordem interna da Prefeitura que determina economia de 20%. A determinação foi publicada no Diário Oficial em 14 de janeiro.
Entre os órgãos que registraram aumento no consumo estão o gabinete do secretário municipal de Educação e o Estádio do Pacaembu. Até mesmo cemitérios, como o da Consolação e o de Vila Formosa, tiveram gasto maior.
Na Câmara, o hidrômetro do Palácio Anchieta registrou aumento de 20%, de acordo com o critério da Prefeitura. O gasto foi de 2.047 metros cúbicos de água em novembro, enquanto a média de referência era de 1.708 metros cúbicos. Outro registro da Câmara, do chamado edifício-garagem, teve um salto de mais de 430%. Gastou em novembro 196 metros cúbicos ante a média de 37 metros cúbicos. 

No hidrômetro da Rua Santo Amaro, a Câmara chegou a gastar em novembro 196 mil litros de água Foto: Filipe Araújo/Estadão

A presidência da Câmara afirma que, no prédio principal, a média de gasto em 2014 foi menor do que em 2013. Os dados mostram queda de 7,2% neste endereço, entre os dois anos. Sobre o edifício-garagem, cujo hidrômetro está na Rua Santo Amaro, a Casa informou que há uma obra no local, o que teria provocado o aumento no consumo de água. A Câmara questiona ainda o critério usado pela Prefeitura para o cálculo. Esforço. A campanha pela redução de consumo de água na Câmara foi lançada no dia 2 pelo atual presidente, Antonio Donato (PT). Desde março do ano passado, a gestão Fernando Haddad (PT) comunicou os órgãos da administração sobre a necessidade de economizar.  Ao todo, 385 escolas, creches e sedes de diretorias de ensino também aumentaram o consumo no período. Mas a maior parte dos endereços da Prefeitura reduziu o consumo.

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