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Câmara de SP aprova criação de unidades móveis para castração de cães e gatos

Objetivo do projeto de lei é levar o serviço de esterilização a regiões distantes da capital; texto segue para sanção ou veto de Doria

Por Felipe Cordeiro
Atualização:

SÃO PAULO - A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação na quarta-feira, 7, um projeto de lei que cria um serviço gratuito de castração de cães e gatos por meio de unidades cirúrgicas móveis. O texto segue agora para sanção ou veto do prefeito João Doria (PSDB).

A unidade móvel teria funções educativas, como distribuição de papéis com orientações sobre os cuidados necessários aos animais e realização de palestras sobre posse responsável e adoção Foto: Tiago Queiroz/Estadão e Tasso Marcelo/Estadão

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De acordo com o projeto, o serviço funcionaria de forma complementar ao programa de controle reprodutivo mantido pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).

"A ideia é que a população, por meio das unidades móveis, tenha fácil acesso à castração, principalmente nas regiões mais distantes e carentes da cidade", afirmou, em nota, o vereador Rodrigo Goulart (PSD), um dos autores do projeto.

Goulart estima que haja 2 milhões de pets abandonados nas ruas da capital paulista. "Trata-se de um problema crescente, que deve ser enfrentado neste momento sob o risco da disseminação de doenças, como raiva, leishmaniose, leptospirose", afirmou o vereador.

Segundo o texto, além de oferecer castração gratuita, a unidade móvel terá funções educativas, como distribuição de papéis com orientações sobre os cuidados necessários aos animais e realização de palestras sobre posse responsável e adoção.

Veto

Em maio, a Prefeitura vetou integralmente um projeto semelhante aprovado na Câmara. O texto propunha a implantação de um programa de saúde veterinária itinerante, por meio de unidades móveis.

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Esse projeto estipulava ainda que as unidades fossem equipadas para a realização de cirurgias, procedimentos de contracepção, consultas e tratamentos profiláticos.

Para justificar o veto, a administração municipal alegou que não cabia a ela, mas, sim, ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) dispor sobre a atuação dos veterinários.

Outro entrave alegado foi uma resolução do próprio CFMV que proíbe atendimentos em unidades móveis, com exceção da castração.

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