Caçambeiros protestam no Viaduto do Chá, em São Paulo

Trabalhadores pedem à Prefeitura local específico para triagem e destinação de entulhos; 13 linhas de ônibus são desviadas

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Foto do author Adriana Ferraz
Foto do author Renata Okumura
Por Adriana Ferraz , Bibiana Borba e Renata Okumura
Atualização:

SÃO PAULO - Mais de cem caminhões-caçamba interrompem o trânsito no Viaduto do Chá, em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro, desde em torno das 3 horas da manhã desta segunda-feira, 17. Os caçambeiros reivindicam mais locais para o descarte de entulhos da construção civil na capital paulista.

Protesto.Motoristas estacionaram os caminhões no Viaduto do Chá Foto: Felipe Rau/Estadão

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Por volta das 9 horas, representantes da categoria foram recebidos por representantes do município. A Prefeitura de São Paulo vai abrir mão da aplicação de multas para quem não realizou o cadastro eletrônico. Em contrapartida, o setor prometeu agilizar o cadastramento. Depósitos de lixo, móveis e materiais abandonados pelas ruas da cidade, as caçambas de entulho deverão ser alvo de nova fiscalização por parte da Prefeitura de São Paulo. Desde o dia 15, houve exigência de um cadastro eletrônico das cerca de 340 empresas de aluguel desses equipamentos na cidade e será aumentada a fiscalização por meio da ajuda da população. 

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a via foi liberada, no sentido da Praça Ramos, por volta das 10 horas, porém, horas depois foi novamente bloqueada, mantendo a interdição nos dois sentidos.

Outros veículos estão estacionados na Rua Líbero Badaró e em vias próximas ao viaduto. A São Paulo Transporte (SPtrans) informou que 13 linhas de ônibus que passam pela região estão sendo desviadas.

O Sindicato das Empresas Removedoras de Entulho do Estado de São Paulo (Sieresp) alerta para a situação crítica de acúmulo de materiais na cidade. A entidade alega que as garagens das empresas estão superlotadas, já que os trabalhadores precisam usar os espaços para separar o entulho antes de destiná-lo aos aterros existentes. 

A categoria pede que, de forma emergencial, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) autorize o recebimento de materiais misturados — como carpetes, pisos e forros — nos aterros públicos.

O prefeito afirmou que não faltou diálogo com o setor. Segundo ele, o sindicato da categoria não apoiou o protesto desta segunda-feira.

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Doria disse ainda que a Prefeitura está o que deve, apertando e melhorando o controle para que o descarte ocorra nos locais adequados e no tempo correto. "Objetivo é separar os que trabalham de forma correta e os que não agem na legalidade. Separar o joio do trigo."

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