Após o blecaute que afetou 12 Estados, o Distrito Federal e o Paraguai na noite da terça-feira, 10, devido a uma pane na usina hidrelétrica de Itaipu, várias pessoas não conseguiam utilizar a rede de trens e metrô da capital paulista. Na região onde está localizado o Terminal Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, houve tumulto por conta da aglomeração de pessoas no momento da falta de luz, já que era o horário de saída de algumas faculdades e de empresas de telemarketing.
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Houve registros de confusões para pegar o ônibus e o trânsito era complicado. Várias pessoas não sabiam como voltar para casa e devido a interrupção do serviço de trem e metrô e ainda acreditavam que a luz podia chegar a qualquer momento.
Evanilde Pedroso, estava com o neto e haviam acabado de voltar de viagem do Paraná. Fizeram 8 horas de viagem e pretendiam pegar o metrô na Barra Funda, e logo após, um onibus para Cidade Tiradentes. "Se eu não conseguir, vou ficar no terminal para esperar o dia amanhecer", contou.
Um segurança do Metrô explicou a reportagem do estadao.com.br que a evacuação está acontecendo porque o combustível diesel, que alimenta o gerador do terminal, está terminando, e por isso, as luzes estão sendo apagadas para poupar o pouco de energia que restava.
Rosana Teixeira, estudante de administração da Uninove, faculdade que fica próximo ao Terminal Barra Funda da CPTM e do Metrô, não sabia quando chegaria em casa e estava esperando o namorado para buscá-la . "Estava pegando o trem para osasco e tinha passado a plataforma, e tive que voltar, com amigos, sair da plataforma. Não tenho ideia de quando vou chegar em casa", disse.
Os usuários esperavam pela volta da luz na estação Barra Funda e brigavam para pegar o ônibus, em alguns instantes e o sistema de telefonia celular ficou congestionado.
Além disso, a sensação de insegurança tomou conta da região. Virginia Duarte, que estuda pedagogia e mora no Jabaquara, na zona sul da cidade, não sabia como voltar para casa porque ninguém dava informações sobre alternativas de ônibus. "Não tenho ideia de como chegar em casa, e não tenho informação de como vou pegar o onibus".
Já para o estudante de administração, Sandro dos Santos, que mora na Raposo Tavares, na zona oeste de São Paulo, e acompanhou a confusão de perto, por causa da falta de luz e de transporte, não tem ideia que horas chegará em casa, por causa do trânsito confuso que está na região. Ele está esperando o irmão que vira de carro para buscá-lo. "Um cara, com frio e com sono vira um animal", conta o estudante sobre a confusão na Barra Funda.