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'Bate, espanca, quebra o osso. Bate até morrer'

Foto do author Leonencio Nossa
Por Leonencio Nossa e BRASÍLIA
Atualização:

O ministro da Defesa, Celso Amorim, indicou que o Exército vai negar que militares do 1.º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio, cantaram refrões de apologia ao crime enquanto corriam nas ruas da cidade. Em entrevista ontem no Senado, onde se encontrou com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), Amorim chegou a ensaiar um repúdio ao treinamento dos militares, mas depois adiantou que a conclusão de uma sindicância interna minimizará o episódio. "Se verdadeira (a história), é absolutamente inaceitável. Mas as informações até agora indicam que não teria ocorrido como o descrito ali", afirmou, destacando que o Exército teve bom comportamento em ações na Rio+20 e no Complexo do Alemão. Durante treinamento na Rua Barão de Mesquita, militares gritaram: "Bate, espanca, quebra o osso. Bate até morrer". Um instrutor perguntou: "E a cabeça?". O grupo respondeu: "Arranca a cabeça e joga no mar". Os relatos foram publicados pela coluna de Ilimar Franco, do jornal O Globo. Cânticos do tipo costumam fazer parte de treinamentos de Forças Armadas e polícias, que, nos últimos anos, não deram indicações de mudanças na formação das tropas.

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