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Bate-boca entre parlamentares foi estopim de tumulto

Projeto que chegou ao plenário não tinha análise das áreas de Transporte e Saúde e, por isso, vereadores decidiram fazer de improviso um congresso de comissões

Por Diego Zanchetta
Atualização:

SÃO PAULO - A votação do Plano Diretor teve de ser adiada porque o projeto chegou ao plenário instruído apenas pelos relatórios das Comissões de Política Urbana e de Justiça. Não havia qualquer texto com a análise das áreas de Transporte e de Saúde, por exemplo, para a proposta que cria novas regras para o crescimento da cidade pelos próximos dez anos.

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Os vereadores então decidiram fazer de improviso um congresso de comissões, expediente comum em grandes votações de projetos de pouco impacto, como nomenclatura de vias públicas.

O vereador Milton Leite (DEM) alertou, no entanto, seus colegas da Casa de que os relatórios que seriam produzidos de improviso para o Plano Diretor precisavam ser publicados no Diário Oficial da Cidade antes da primeira votação em plenário. O presidente José Américo (PT) comunicou que a votação seria realizada apenas nesta quarta-feira, 30.

Logo após a fala do presidente sobre o adiamento, o líder de governo Arselino Tatto (PT) discordou e pediu para que a votação fosse realizada, o que inflou os manifestantes do lado de fora e dentro do plenário. O bate-boca dos vereadores foi o estopim para o início da manifestação violenta dos sem-teto, que começaram a lançar blocos de concreto contra a polícia e a sede da Câmara.

Por volta das 19h30, Américo fez um novo comunicado ao lado do líder do PSDB, Floriano Pesaro. Ele garantiu que a votação do Plano Diretor vai ocorrer nesta quarta-feira, 30, a partir das 15h - as discussões devem se estender até o início da madrugada de quinta, 1º.

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