Baixa umidade causa alerta em São Paulo

Índices ficaram abaixo dos 30% e temperatura máxima chegou aos 34ºC nesta quarta. Situação deve se repetir nos próximos dias, com previsão de melhora apenas no fim de semana, quando uma frente fria chega à capital

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Por Rodrigo Sampaio
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SÃO PAULO - A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção nesta quarta-feira, 19, em razão da baixa umidade do ar. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, os índices de umidade ficaram abaixo dos 30%, com a temperatura máxima chegando aos 34°C entre 11h e 14h.

Uma névoa seca se formou na região da capital nesta quarta de manhã Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

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Segundo o site Climatempo, uma névoa seca se formou na região da capital nesta quarta de manhã. A situação deve se repetir nos próximos dias, com previsão de melhora apenas para o fim de semana, quando uma frente fria chega a São Paulo.

A baixa umidade nesta época do ano liga o alerta para a saúde. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), estima-se um aumento de pelo menos 30% no atendimento a pessoas com problemas respiratórios pelas unidades de saúde da capital.

O órgão explica que as alterações de temperatura, somadas com a baixa umidade do ar e o aumento da poluição, contribuem para a propagação de vírus e bactérias. De acordo com o especialista em poluição atmosférica da USP, Paulo Saldiva, o tempo seco é mesmo propício para o aumento de doenças respiratórias, principalmente no caso de crianças e idosos.

“Nesse período há o acúmulo de ar quente na cidade, o que impede a circulação do ar. A poluição aumenta porque a cidade continua funcionando em ritmo normal, mas não venta, nem chove. Deste modo, a poluição também aumenta”, explica. “É como andar em uma estrada de terra, e os mecanismos de limpeza dos nossos pulmões ficam menos eficientes.”

O especialista alerta para os riscos de problemas vasculares. “Como você perde água, o sangue se concentra, reduzindo o volume circular. Resultado: o coração tem de trabalhar mais. Por isso também aumentam os casos de AVC e enfarte.”

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