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Atual vice-campeã, Dragões de Real 'abriu a porteira' do Anhembi

Segundo lugar no ano passado, a escola de samba homenageou a música caipira em seu enredo

Por e Fabio Leite
Atualização:

Vice-campeã do carnaval paulistano em 2017, a Dragões de Real "abriu a porteira" do Anhembi para levar música sertaneja ao sambódromo. Assim como fizeram a Mancha Verde, no sábado, e Mocidade Alegre e Vai-Vai neste domingo, a escola recheou seu samba-enredo com estrofes de grandes sucessos caipiras. "Sou caipira pirapora", "fio de cabelo" e "ainda ontem chorei de saudade", foram alguns versos cantados com uma leve toada sertaneja pelo intérprete Renê Sobral e acompanhada pelo público presente ao sambódromo.

Desfile da escola de sambaDragões da Real, durante o 2º dia de carnaval no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

A Dragões caprichou nas fantasias e alegorias para contar a vida do homem simples na roça. No abre-alas o cantor Sergio Reis, com um berrante nas mãos, foi um dos destaques. “É uma emoção muito grande, gostoso. Ainda mais eu que sou do bairro, nasci aqui, moro aqui na serra (da Cantareira). Emociona. O tema era esse, um bom tema. Mostra um pedaço da música do Renato Teixeira, ‘sou caipira pira pora’, a Romaria”, disse o cantor. 

Sérgio Reis no desfile da escola de sambaDragões da Real, durante o 2º dia de carnaval no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

Ele disse que o berrante que trouxe no desfile era dele, mas que a ideia de lavá-lo foi da escola. “O povo é muito carinhoso comigo, independente das torcidas. Todos eles mandam abraço, mandam beijo, fazem o coraçãozinho. Foi muito bom, não queria descer não.” Outro ícone da música caipira, a cantora Roberta Miranda apareceu em um carro em formato de gramofone. Com fantasias ricas em detalhes, a Dragões explorou as raízes e tradições sertanejas, como a festa junina, e não poupou referências às duplas de grande sucesso no País, como Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano.

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